A diretoria do São Paulo decidiu disponibilizar cerca de 60 ônibus para realizar o transporte dos torcedores são-paulinos ao fim do clássico contra o Corinthians, nesta quarta-feira, no Itaquerão, na estreia na Copa Libertadores. A decisão foi confirmada pelo presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, nesta terça.

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"Não tínhamos alternativa diante da falta de sensibilidade do poder público. Já conversei com dois líderes das torcidas organizadas", disse o presidente. "Essa é a uma coisa nova, pelo menos na minha gestão, e não vai se repetir", afirmou o presidente.

Aidar afirma que os custos da locação dos ônibus serão divididos entre o São Paulo e o Corinthians. "Já conversei com o Andres (novo superintendente de Futebol do Corinthians) e o Corinthians se mostrou favorável com a divisão dos custos. É uma maneira de mostrar a harmonia entre os clubes".

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O presidente disse que ainda não tem os custos da operação e não considerou uma "saia justa" o apoio às organizadas. "Não considero uma saia justa. Temos vários atores que poderia contornar esse situação, como a alteração do horário do Metrô ou mesmo antecipar o início do jogo para 21h30. Não é saia justa e não vai se repetir."

A decisão resolve um impasse sobre o retorno dos torcedores do São Paulo. Sem alternativas de transporte para voltar do clássico por causa do horário do fim da partida, a maior torcida organizada do São Paulo ameaçou fazer a pé o trajeto entre a Zona Leste de São Paulo, local do estádio, e o terminal de ônibus do Tatuapé.

O esquema de segurança definido pela PM prevê que a torcida do São Paulo ficará pelo menos uma hora dentro do estádio após o término da partida, o que significaria, a grosso modo, uma hora da manhã. Isso inviabilizaria o uso do transporte coletivo: as catracas do metrô funcionam até 0h30 e a entrada para os trens da CPTM fechará à meia-noite. "Fizemos isso pela saúde dos torcedores do São Paulo", afirmou Aidar.