Com pinta de campeão. Num jogo nervoso, cheio de oportunidades, o São Paulo fez prevalecer sua melhor técnica. Bateu o Santos por 1 a 0, neste domingo, em plena Vila Belmiro, e deu um largo passo para conquistar o Brasileirão 2006.
Agora ficou mais complicado para os adversários desbancarem o Tricolor, que vai a 67 pontos, cinco a mais que o vice-líder Internacional, a cinco rodadas do fim. Já o Santos fica com 55 pontos e permanece em terceiro lugar, mas pega o Inter na próxima quarta-feira, no Sul.
Clássico nervoso
Um clássico decisivo, que começa nervoso, amarrado, com os dois times se respeitando muito e cedendo poucos espaços, acaba sempre sendo decidido pelo toque de classe, pelo time mais habilidoso. Foi assim que o Tricolor abriu o placar e garantiu o triunfo.
Com um time mais solto e mais bem entrosado, o Tricolor conseguiu furar o bloqueio, aos 29 minutos. Em uma jogada típica de futsal, Mineiro lançou rasteiro para Lenílson, que bancou o pivô, protegeu dentro da área e devolveu para o próprio volante completar de pé direito.
O gol deixou o Tricolor ainda mais solto. Aí a coisa complicou para o Santos. Atuando como se estivesse no Morumbi, a equipe de Muricy Ramalho envolvia a defesa alvinegra e criava uma chance atrás da outra.
Vendo que a vaca estava indo para o brejo, Vanderlei Luxemburgo foi para o tudo ou nada: tirou os meias André Luiz e Cléber Santana e colocou os atacantes Wellington Paulista e Rodrigo Tiuí.
"É campeão!"
O segundo começou num ritmo alucinante. Com três atacantes, o Peixe tratou de correr atrás da reação e, logo aos 30 segundos, Reinaldo arriscou chute de fora, carimbando o travessão de Rogério Ceni.
Esse lance incendiou o jogo, com os atacantes do São Paulo levando vantagem sobre os zagueiros adversários e o Peixe explorando rápidos contra-ataques. A torcida do Peixe chegou a gritar gol aos 12, após cabeçada para o gol de Zé Roberto, mas o árbitro marcou impedimento.
Melhor em campo, o Santos seguia criando chances, encurralando o São Paulo, mas sem conseguir penetrar na forte marcação tricolor comandada por André Dias, um autêntico paredão.
Com o ataque do Peixe dominado, o Tricolor procurou prender a bola no ataque, para deixar o tempo passar, ouvindo os gritos de sua torcida: "É campeão! É campeão!".