Caio Júnior deixou os paranistas duplamente satisfeitos contra o Grêmio. Primeiro, antes da bola rolar, quando convocou a imprensa para anunciar a inesperada troca de Gérson por Cristiano, o que, segundo ele, era uma "satisfação" ao torcedor, que merecia ver um Paraná mais ofensivo em casa. E depois, claro, graças à vitória, com direito a goleada e "nó tático".
Apesar de não ter treinado com essa formação durante a semana, o treinador apostou no esquema com dois atacantes Cristiano e o estreante Zumbi para surpreender o adversário. "A questão da surpresa é muito importante. A prova disso é que o Cristiano fez o primeiro gol", declarou, sem esquecer de creditar aos jogadores o sucesso da alteração.
Para Caio, não havia risco de mexer na estrutura. "Eu conheço bem a característica do Cristiano, e o Zumbi fez ótimos treinamentos. Em campo eles se encaixaram".
Os três pontos conquistados de forma incontestável transformaram o comportamento de Caio Júnior, que deixou o ar sereno e a fala mansa de lado para exaltar, sem modéstia, o feito de sua equipe. Para o técnico, uma amostra de como o Paraná deve ser tratado no Brasileiro.
"Eu falei na primeira palestra que fiz aos jogadores lá em Caxias do Sul; o Paraná ficou em sétimo no ano passado e hoje é tido como candidato ao rebaixamento. Já o Juventude, quase caiu em 2005 e é considerado candidato à Sul-Americana. Nós temos de ser respeitados", afirmou.
Em se tratando da competição internacional marcada para o segundo semestre o presidente do Paraná, José Carlos de Miranda, aproveitou a rápida passagem pelo vestiário para comentar o sorteio dos confrontos. Hoje, em Assunção, no Paraguai, o Tricolor saberá qual será seu primeiro adversário.
"O sorteio é dirigido, por conta das viagens e outras questões profissionais", declarou o dirigente, que está no Paraguai. Miranda viu com bons olhos um possível clássico contra o Atlético. "Não é o critério, mas seria bom economicamente".
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