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Carvalho: "Houve uma cobrança grande sobre o representante do governo federal que estava presente e todos esperamos que as coisas andem e que a agenda com a presidência aconteça" | Giuliano Gomes / Gazeta do Povo
Carvalho: "Houve uma cobrança grande sobre o representante do governo federal que estava presente e todos esperamos que as coisas andem e que a agenda com a presidência aconteça"| Foto: Giuliano Gomes / Gazeta do Povo

Veja os passos de como deve acontecer a conclusão da Arena em 2010:

1-Fechamento do fosso e das bocas de acesso;

2-Conclusão e outros detalhes nas arquibancadas da Brasílio Itiberê;

3-Conclusão da Arena Madre Maria;

4-Obras na frente comercial e nos acessos da Buenos Aires;

5-Obras nas esquinas da Buenos Aires e da Coronel Dulcídio;

6-Estacionamento da Brasílio Itiberê;

7-Reforma nos camarotes existentes;

8-Reforma no edifício da Buenos Aires;

9-Cobertura nova de todo o estádio (não-obrigatória e ainda possível);

  • Material enviado à Fifa propõe nove passos para conclusão da Arena

O saldo positivo do II Seminário das Cidades-Sedes da Copa de 2014 animou os dirigentes de Curitiba. As discussões em torno do projeto de conclusão da Arena da Baixada e o seu possível barateamento diante do orçamento inicial de R$ 138 milhões foram produtivas, porém agora as atenções dos governantes das 12 cidades-sedes do Mundial se voltam para o governo federal. Em pauta pelos próximos quatro meses estarão os recursos para a execução das obras e, ciente de que 2010 será um ano de eleições majoritárias, os representantes paranaenses esperam evoluções concretas ainda neste ano.

"Participei da reunião (no Hotel Copacabana Palace) paralela ao seminário e todas as 12 cidades estão preocupadas. Existem aquelas que estão muito atrás da gente e a preocupação é ainda maior. Em locais como Natal e Salvador eles terão de sair praticamente do zero. Houve uma cobrança grande sobre o representante do governo federal que estava presente (Alexandre Padilha, Subchefe de Assuntos Federativos) e todos esperamos que as coisas andem e que a agenda com a presidência aconteça", explicou Luiz de Carvalho, gestor de Curitiba para os assuntos da Copa, à Gazeta do Povo.

O atraso no andamento dos projetos, sobretudo os ligados ao governo federal, podem piorar ainda mais se as definições em torno do "PAC da Copa" persistirem. Existe a promessa do governo Lula em liberar recursos para obras que de fato tenham ligação com o Mundial e fiquem prontas até janeiro de 2014.

"O próprio BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) apresentou a possibilidade de financiamentos, mas não possui o modelo de como estaria atuando. Tudo isso preocupa, já faz três meses que estamos aguardando os processos andarem. O próximo ano será de grande complexidade política, com eleições para presidente, governador e senador, então nós ficaremos engessados por pelo menos seis meses, a própria legislação impõe algumas limitações de investimentos em anos eleitorais", completou Carvalho.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, é esperado em Curitiba no dia 31 de agosto, porém, em princípio, não trará grandes notícias para os dirigentes que trabalham pela Copa de 2014. Estão previstas para as próximas semanas novas reuniões entre representantes da prefeitura, do governo estadual, do Atlético Paranaense e demais setores envolvidos. Já o próximo evento oficial do Mundial ocorre entre os dias 28, 29 e 30 de setembro, quando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, desembarca no Rio de Janeiro para um encontro com o comitê organizador.

Isenção de impostos para Arena já está nas mãos dos vereadores e deputados

Donos dos únicos três estádios particulares da Copa de 2014, Atlético, São Paulo e Internacional já pediram a isenção de impostos para poderem concluir ou adequar os seus estádios para o Mundial. O principal ponto deste pedido envolve a isenção da carga tributária sobre os materiais de construção que serão necessários, e em Curitiba este pedido já está em análise pelos vereadores e pelos deputados estaduais.

"Esse debate na linha política já está em andamento. Ele envolve os clubes e os governos, já existe até um compromisso assinado para que a regulamentação seja feita. Como não temos um imposto único no Brasil, eles são todos em efeito cascata. Nós temos de adequar as nossas leis e em Curitiba já enviamos um projeto à Câmara. O vereador Mário Celso já está avaliando, creio que estas questões legais estão andando de forma rápida", revelou Luiz de Carvalho.

Além dos impostos, outros pontos centrais foram debatidos no seminário com o comitê organizador da Copa de 2014. A necessidade de uma cobertura completa em todos os assentos do estádio foi praticamente abolida, porém ainda não está descartada. Tudo vai depender do investidor que o Atlético e o comitê curitibano esperam anunciar até dezembro deste ano. Já o aumento de 500 lugares no número previsto de 41.293 assentos e as alterações nas áreas de receptividade da Arena são questões mais definitivas.

"O arquiteto (Carlos Arcos) já disse que será fácil incluir mais estes 500 lugares, então temos outras questões técnicas a trabalhar. Pretendemos fechar tudo o mais rápido possível e cumprir o cronograma que nos obriga a iniciar de fato as obras até o dia 1º de março de 2010. Mais mudanças são possíveis, porém ainda serão discutidas", concluiu o gestor da Copa em Curitiba. De acordo com o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, espera-se que as alterações no projeto possam baratear em até 30% o projeto de conclusão da Arena.

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