O heptacampeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher, de 44 anos, luta pela vida em um hospital em Grenoble, na França. Ele sofreu uma queda quando esquiava em Méribel, nos Alpes franceses (onde tem uma casa), bateu a cabeça em uma rocha, sofreu um grave traumatismo craniano e teve hemorragia cerebral. Em nota divulgada ontem por volta das 22 horas locais (19 horas de Brasília), a equipe médica do hospital informou que o alemão chegou em coma por volta das 12h40, foi operado imediatamente e se encontrava em situação crítica.
O acidente ocorreu às 11h07 (horário local). Schumacher esquiava com o filho de 14 anos fora das pistas oficiais, trechos considerados os mais perigosos. Ele usava capacete com proteção especial, mas mesmo assim necessitou de atendimento especializado de uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) francês, que chegou de helicóptero oito minutos depois da queda. A equipe o deslocou primeiro para um hospital local, na cidade de Moutiers, e pouco depois o transferiu para o Hospital Universitário de Grenoble, que é mais bem equipado.
O diretor-geral da estação de esqui de Méribel, Christophe Gernignon-Lecompte, chegou a declarar à rádio RMC, de Mônaco, que a lesão sofrida por Schumacher não era grave. A agente do ex-piloto, Sabine Kehm, disse que sua vida não corria perigo. E avisou que, por decisão da família, não seriam divulgadas sobre o estado de saúde de Schumacher.
Mas ao longo do dia, apesar do silêncio da família e da equipe médica que o atendia, alguns veículos de comunicação começaram a noticiar que o estado do ex-piloto era mais sério do que se imaginava e que sua vida corria perigo por causa de uma hemorragia cerebral. O comunicado emitido mais tarde pelo hospital confirmou a gravidade da situação.
O médico Gerard Saillant, que operou Michael Schumacher em 1999 (e também operou Ronaldo Fenômeno duas vezes), quando ele sofreu um acidente com a Ferrari e quebrou a perna direita, foi de Paris para Grenoble para acompanhar o tratamento. Ele é especialista em crânio e coluna cervical.
Assim que a notícia do acidente foi divulgada, fãs de Schumacher começaram a se concentrar em frente ao hospital de Grenoble o que obrigou a polícia a montar um cordão de isolamento no local. Felipe Massa, que foi companheiro de Schumacher na Ferrari, postou o seguinte comentário no Twitter: "Estou pedindo a Deus que te proteja, meu irmão. Desejo que você se recupere". O francês Romain Grosjean, o britânico Martin Brundle e o alemão Adrian Grosjean também usaram o Twitter para manifestar apoio à família do heptacampeão.
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