Caso Ferrari
FIA será julgada dia 8 de setembro
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) divulgou ontem que o caso da ultrapassagem de Fernando Alonso sobre Felipe Massa, sob ordens da Ferrari, no GP da Alemanha de F-1, será levado a julgamento no dia 8 de setembro, em Paris, na França.
Segundo o comunicado, a Ferrari infringiu o artigo 39.1 do regulamento da F-1. "Ordens de equipe que interferem no resultado de uma corrida estão proibidos, diz a regra.
No GP da Alemanha, Massa liderava a corrida, mas recebeu ordens da Ferrari para que deixasse Alonso, seu companheiro, assumir a primeira posição.
A equipe italiana foi multada em US$ 100 mil pelos comissários de prova da F-1 pelo ocorrido e um dossiê foi enviado à FIA.
"Baseado na decisão [da multa] e nos relatórios dos comissários de prova, o presidente da FIA [Jean Todt] decidiu, em conformidade com as novas regras de procedimento disciplinar, adotadas sob sua iniciativa em 11 de março de 2010, que irá submeter o caso ao corpo judicial do Conselho Mundial de Automobilismo" , informou a entidade.
Um dia depois do GP da Hungria, o alemão Michael Schumacher, da Mercedes, se rendeu ao óbvio: foi longe demais ao tentar impedir a ultrapassagem do brasileiro Rubens Barrichello, da Williams, e quase jogá-lo contra o muro. A manobra fez com que o alemão fosse punido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) com a perda de dez posições no grid de largada da próxima etapa da temporada, em Spa-Francorchamps, na Bélgica, prevista para o dia 29."Depois de ver o incidente com Rubens de novo, devo dizer que os comissários [de corrida] estiveram bem na avaliação: a manobra foi dura demais", disse Schumacher ontem, em seu site oficial. "Queria complicar a ultrapassagem. Sem dúvida dei mostras com muita clareza de que não pretendia deixá-lo [Barrichello] passar por dentro, mas não era o caso de colocá-lo em perigo com meu movimento. Se sentiu que eu estava fazendo isso, peço perdão. Não era minha intenção", justificou o alemão.
Schumacher admitiu que a corrida da Hungria foi a mais dura que participou desde que voltou à Fórmula 1 depois de três anos de aposentadoria e pilotou sob forte pressão. "Estava muito tenso por ter de pilotar o carro no limite. Tive de lutar para permanecer na pista durante toda a corrida", contou o heptacampeão mundial. "No final, parecia que eu estava sobre o gelo."
Barrichello não gostou nada da atitude do ex-companheiro de Ferrari, embora tenha admitido que a atitude antidesportiva não foi exatamente uma surpresa. "Se ele quer ir para o céu, que vá, mas eu não quero ir", disse o brasileiro ainda no paddock depois da corrida. "Eu gosto de disputas leais, mas não acho que esse tenha sido o caso." Na ocasião, Schumacher tratou a fechada como uma manobra normal de corrida e chegou a ironizar dizendo que "assim é a Fórmula 1, não se trata de um passeio de carro para tomar café".
E seguiu: "Não conversei com o Schumacher sobre a manobra porque ficamos em salas separadas para falar com os comissários", explicou o brasileiro. "Mas também como é que você vai dialogar com um cidadão como esse, que disse que me deixou espaço. Sim, deixou, o espaço de um cabelo."
Um grupo de torcedores VIPs teve de ser contido por seguranças no final da noite de domingo para evitar que agredissem Schumacher. O motivo da ira deles foi justamente a maneira como o piloto fechou Barrichello. Schumacher teve de ser protegido por seguranças para poder deixar o paddock de Hungaroring.
STF terá Bolsonaro, bets, redes sociais, Uber e outros temas na pauta em 2025
Estado é incapaz de resolver hiato da infraestrutura no país
Ser “trad” é a nova “trend”? Celebridades ‘conservadoras’ ganham os holofotes
PCC: corrupção policial por organizações mafiosas é a ponta do iceberg de infiltração no Estado
Deixe sua opinião