Quem comprou, comprou. Quem ainda não comprou, vai ter de suar (e gastar bastante dinheiro) para conseguir assistir ao GP do Brasil de Fórmula 1 no autódromo. Marcada para o próximo dia 22, nunca a corrida realizada em Interlagos foi tão concorrida como nesta temporada.
Além de ser a prova que encerrará o calendário de 2006, será também nesta data que o heptacampeão Michael Schumacher se despedirá das pistas. Junte-se a isso a possibilidade da decisão do campeonato e, com facilidade, se atinge a lotação do autódromo com quase um mês de antecedência.
Dos 70 mil ingressos colocados à venda, há tão poucos disponíveis que só poderão ser adquiridos na bilheteria, e com o pagamento em dinheiro, por no mínimo R$ 885. Mas ainda há bilhetes de R$ 1.740 ou R$ 1.660 os "populares", de R$ 350, acabaram faz tempo.
Enquanto a organização não descarta a posibilidade de aumentar a carga, as agências de turismo formam várias listas de espera com os nomes dos retardatários.
"Ano passado, uma semana antes da corrida ainda tínhamos pacotes para o GP Brasil. Nesse ano os pacotes se esgotaram rapidamente", conta Flávia Freitas, proprietária da agência Starover Viagens e Turismo, de Curitiba, que há um mês não tem mais opções para quem quer ver o GP.
Em 2006, os ingressos começaram a ser vendidos em abril, mas foi só quando Schumacher iniciou a reação que houve o boom na comercialização. Foi por essa época que o bancário curitibano Irineu Laufer, 57 anos, adquiriu o seu bilhete, pela internet. Tranqüilamente ele se prepara para, pela primeira vez, assistir ao GP no autódromo.
"É uma coisa que dá para fazer só uma vez na vida. Se colocar tudo no papel, sai muito caro. Mas nesse ano há vários motivos para ir", afirma. "Vou torcer para o Alonso, mas gostaria de ver o Rubinho ganhar. É um bom piloto, não sei o que acontece com ele", diz o aficionado, que começou a acompanhar a Fórmula 1 na época de Emerson Fitipaldi e não parou mais.
Já para a estudante Ana Cristina Vale, a situação é oposta. Há seis anos freqüentando o GP Brasil, a torcedora foi pega de surpresa na semana passada com a notícia de que os ingressos haviam acabado e agora corre o risco de, na corrida mais importante do autódromo, ficar de fora.
"Tinha como referência os outros anos, quando conseguíamos fácil o ingresso. Costumava esgotar somente para o domingo, mas sempre tinha o pacote para os três dias. Este ano já não há mais nada. Estou em contato com pessoas de São Paulo e atenta para ver se ainda disponibilizarão mais ingressos", diz. "O que não quero é comprar de cambistas, pois além de ser mais caro o ingresso pode ser falso", alerta.
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