O desempenho do Paraná pós-Copa do Mundo zerou o crédito da equipe com a torcida. Na derrota para o América-RN (1 a 0), em plena Vila, a vaia foi geral. Apenas um jogador escapou: o goleiro Juninho. Apesar da péssima campanha, o camisa 1 paranista conseguiu aumentar a confiança da galera em seu futebol. Graças a boas defesas e dois gols, ambos de pênalti, no empate com o Guaratinguetá (1 a 1) e na vitória sobre o Náutico (4 a 0). Moral com os tricolores que o fez recusar uma proposta do Sporting Braga, de Portugal. O que você acha que levou o torcedor a te absolver das críticas?
Eu não penso muito assim. Acho que o momento que eu vivo é um pouco melhor. Mas todos estão tentando melhorar. Talvez o torcedor esteja vendo que eu me dedico bastante nos jogos. Fico feliz.
Qual é a avaliação que você faz do seu desempenho atual?
Está de médio para bom. Mas poderia estar de bom para ótimo. Sei da minha capacidade, onde posso chegar. O mais difícil é manter a regularidade. Comecei de baixo, com a cobrança da torcida no Paranaense e melhorei com a sequência.
E os gols?
Estou gostando. É algo que eu não tinha feito. Pude sentir o que os atacantes sentem. Espero continuar.
Você tem contrato até o fim do ano. Fica para a próxima temporada?
Ainda é cedo para dizer. Mas criei uma identificação com o clube e o torcedor, além do respeito da diretoria. Eu sei que muita gente pode não ficar. Mas eu e minha família gostamos de Curitiba. Vamos esperar um pouco...
O Paraná voltará a brigar para subir para a Primeira Divisão?
Estamos em um momento difícil. Os times conseguiram se arrumar na parada da Copa. E a gente precisa reencontrar nosso caminho. Nosso time tem limitações. Precisamos voltar a ser guerreiros. Temos de mudar. Se deixar para mais tarde, já era...
Você é um jogador que sempre falou o que pensa. Isso às vezes não pode te prejudicar?
Aprendi isso quando passei pelo Atlético-MG, onde era muito visado. Sei analisar e falar. Mas sou direto, até grosso. Não falo pelas costas. Assim o trabalho flui melhor.
Você chegou a fazer um comentário que todos entenderam ser para o Marcelo Toscano...
Não era para ele. O Marcelo estava conversando há muito tempo em ir para Portugal. Mas prefiro não citar nomes.
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