Depois de dois anos, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) volta a estar ameaçada pela Justiça Federal de perder sua sede. Por causa de uma dívida de R$ 215,4 mil com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), o prédio da Avenida Victor Ferreira do Amaral, no bairro Tarumã, ao lado do Estádio Pinheirão, irá para leilão no próximo dia 5 de maio, às 14 horas. O prédio está avaliado pela Justiça em R$ 540 mil.
Além do INSS, a FPF deve também o pagamento de impostos à Fazenda Nacional. O total das dívidas, em quatro ações sob a responsabilidade do juiz José Sabino da Silveira, da 3.ª Vara Federal de Execução Fiscal, chega a R$ 2 milhões. Apenas uma delas, também com a Fazenda, chega a R$ 1,6 milhão.
Além da sede, a FPF pode perder outros bens. Irão à venda no mesmo leilão dois camarotes vips do Pinheirão (7 e 10), 811 cadeiras perpétuas e 31 direitos de uso de cadeiras cativas (do número 1 a 31, todas no setor 1, na fila AM). Num dos despachos, o juiz observa que a entidade tem "eventuais débitos junto à Prefeitura Municipal de Curitiba", provalmente com Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Procurada pela reportagem à noite, a assessoria de imprensa da FPF não foi encontrada para comentar o assunto.
O presidente da FPF, Onaireves Moura, está preso no Centro de Triagem do Presídio do Ahú, em Curitiba. No dia 13 de março, agentes da Polícia Federal prenderam Onaireves por sonegação de impostos em negócios particulares, que nada teriam a ver com a Federação. Dados da Receita Federal mostram que de 1999 a 2004 um bingo de Ponta Grossa do qual o cartola era sócio deixou de pagar R$ 3,2 milhões de tributos.
Na terça-feira, o dirigente foi sorteado pela CBF para assistir à Copa do Mundo da Alemanha com todas as despesas pagas. Ele já havia sido premiado no Mundial de 2002.
Passado de dívidas
Todas essas dívidas estão há anos na Justiça. Em 2004, a sede quase foi a leilão pela dívida de R$ 3,1 milhões da FPF com a prefeitura, referente ao IPTU, e 4,7 milhões ao INSS. Na época, o vereador Adenival Gomes (PT) chegou a solicitar a devolução do terreno do Estádio Pinheirão ao município a área de 64,4 mil metros quadrados foi doada pela prefeitura para em 1969. O leilão foi cancelado com o pagamento de uma das três parcelas de R$ 15 mil do montante devido.
No mesmo ano, a Justiça Federal quase leilou cadeiras do estádio para a quitação de dívidas com a Fazenda Nacional. Para piorar, também no mês de junho, o gramado do estádio deixou de ter manutenção. Motivo: a empresa responsável por cuidar do campo não havia recebido R$ 28 mil pelo trabalho.
Após denúncia ao STF, aliados de Bolsonaro ampliam mobilização por anistia no Congresso
Bolsonaro tinha esperança de fraude nas urnas, diz Cid na delação; veja vídeo na íntegra
Bolsonaro aposta em Trump para uma “virada de jogo” no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
Motor dá sinal de fervura, mas o presidente quer acelerar
Deixe sua opinião