Cansado da rotina, Tcheco vive dilema da "terceira idade"
A seis jogos do fim da temporada, o meia Tcheco vive o maior dilema de seus 15 anos de carreira. Aos 35 anos de idade, o curitibano ainda está indeciso sobre pendurar ou não as chuteiras após o dia 4 de dezembro, data do encerramento do Campeonato Brasileiro o "bota-fora" possivelmente seria em um Atletiba na Arena.
Jair Cirino rompeu ontem, em carta aberta à torcida do Coritiba, o último elo que tinha com o clube dirigido por ele nos últimos quatro anos. Marcado por ser o presidente que levou o Alviverde à Segunda Divisão no ano do centenário, em 2009, se despediu antecipadamente, apesar de continuar no cargo até 10 de dezembro data do novo pleito no Alto da Glória.
"Apenas quis fazer um relato da minha atitude, do meu comportamento à frente do Coritiba, quando sempre procurei ser o melhor e mais transparente possível", explicou Cirino à Gazeta do Povo.
De fato, ele já havia deixado o comando há bem mais tempo: dois anos atrás, após o fatídico rebaixamento no dia 6 de dezembro. Execrado por parte da torcida, inclusive com ameaças telefônicas, ele trocou o papel de protagonista pelo de coadjuvante ao deixar o clube nas mãos do grupo liderado por Vilson Ribeiro de Andrade. A partir daí, limitou-se a cumprir papel institucional durante a retomada coritibana.
Agora, quer ser apenas um torcedor comum. "Eu disse ao futuro presidente [referindo-se a Andrade] que não queria ter mais vínculo institucional. Serei torcedor de arquibancada e conselheiro. Cumpri meu dever e mesmo nos momentos difíceis me mantive firme. Hoje navegamos sob céu de brigadeiro", comparou o dirigente, que iniciou a cruzada do clube contra as organizadas, banindo oficialmente a presença delas no Couto Pereira. "Fizemos a separação dos vândalos e dos torcedores. O verdadeiro coxa-branca nos apoiou", apontou.
Para Cirino, sua virtude à frente do Coritiba foi ser democrático, saber ouvir e evitar a centralização de poderes, distribuindo funções. Ele exalta as conquistas dentro de campo (três Paranaenses, uma Série B e um vice da Copa do Brasil), mas destaca a revolução interna como principal feito. "Mesmo que não houvesse a queda, o processo de profissionalização aconteceria e nos levaria aos bons resultados", garante Cirino, que não abriu mão do hoje elogiado Felipe Ximenes quando a cabeça do superintendente esteve a prêmio, um dos reflexos da má campanha de 2009.
O assunto rebaixamento é evitado ao máximo pelo dirigente é apenas definido como "página virada". Cirino prefere falar dos 33 mil sócios e do novo centro de treinamento que será levantado em Campina Grande do Sul.
Mais. Ele diz que o Coxa conseguiu recuperar a imagem arranhada. "Saio em alguns dias com o dever cumprido. Tive bem mais alegrias do que tristezas. Atingir o recorde mundial de vitórias consecutivas é extraordinário", vibrou ele, que preferiu não avaliar a própria gestão, apesar de se mostrar consciente das falhas.
O maior erro? "Deixo para a crítica julgar."
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