Por um "cachê" de cerca de R$ 1 milhão por amistoso, enfrentar rivais fracos como os Emirados Árabes virou rotina na preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2006.
Desde o retorno de Carlos Alberto Parreira ao comando da equipe em 2003, o Brasil teve outros seis amistosos contra seleções sem muita expressão no futebol mundial: China, Jamaica, Catalunha, Haiti, Hong Kong e Guatemala. Sem contar um jogo contra o Sevilla, clube da Primeira Divisão da Espanha.
Nestes sete jogos, o Brasil empatou duas vezes e venceu as outras cinco, sem muitas dificuldades. Logo na estréia de Parreira, a seleção ficou no 0 a 0 com a China, em Guangzhou. Na equipe apareciam jogadores que hoje não têm mais chances de ir à Copa, como Anderson Polga, Kléberson, Denílson, Rivaldo e Amoroso. O último empate foi com o Sevilla, 1 a 1 na Espanha, em setembro deste ano.
Das vitórias, a mais difícil foi sobre a Jamaica, em outubro de 2003. A seleção fez 1 a 0, gol de Roberto Carlos, no jogo que foi disputado na Inglaterra.
As demais partidas serviram basicamente para os jogadores treinarem como buscar bolas no fundo da rede dos adversários. Em maio de 2004, a Catalunha levou 5 a 2; em agosto do mesmo ano, num jogo pela paz no Haiti, o Brasil goleou os donos da casa por 6 a 0; contra Hong Kong, em fevereiro de 2005, a goleada foi de 7 a 1; e na despedida de Romário com a camisa amarelinha, no último mês de abril, o time de Parreira, só com atletas que atuavam no país, fez 3 a 0 sobre a Guatemala.
Tirando Eliminatórias, Copa América e Copa das Confederações, competições oficiais, a seleção enfrentou rivais de respeito em amistosos como Portugal (derrota de 2 a 1, em 2003), México (0 a 0, 2003), França (0 a 0, 2004), Alemanha (1 a 1, 2004) e Croácia (1 a 1, 2005).
Neste sábado, a seleção faz seu último amistoso no ano, contra os Emirados Árabes. A Fifa cancelou a partida com o Kuwait All-Star, que não se trata nem de seleção nacional, nem de clube, e sim de um combinado de atletas do Kuwait.
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