Rio (AE) O Torneio Pré-Pan Adulto de Ginástica termina hoje e, pela primeira vez, o Brasil chega à final com chances de ser campeão tanto no masculino quanto no feminino. Beneficiado pelas equipes mistas formadas por Estados Unidos e Canadá, a seleção, mesmo sem contar com a presença, no time da mulheres, de Daiane dos Santos deseja repetir o feito de 1997, quando foi a primeira na competição realizada na Colômbia. Mas, as expectativas maiores recaem sobre os homens, que tentam a conquista inédita, além da apresentação da nova promessa da modalidade: Jade Barbosa.
Ontem, os atletas disputaram a competição por equipes que automaticamente classificou seis países (o Brasil já estava garantido por ser a sede dos Jogos de 2007) tanto no feminino quanto no masculino para a competição carioca. Hoje, durante as disputas por aparelhos, as seleções brigarão pelo título do Pan-Americano da modalidade, que teve sua última edição realizada em 2001, no México.
"O fato de ter competido um dia antes ajuda no dia seguinte, porque a gente entra mais relaxada", contou Jade, de 14 anos, que forma o time feminino com Daniele Hypólito, Camila Comin e Laís Souza. Em março, ela trocou o Flamengo e passou a treinar com a seleção no Centro de Curitiba. Por várias vezes, a ginasta por saudades do pai, César, e do irmão, Pedro, pensou em desistir. "O importante é que agora estou mais adaptada, as meninas da seleção estão me ajudando sempre. E, agora, quero pensar somente em ir bem aqui no Rio, que é minha cidade."
Além de Jade, outra apresentação esperada na equipe brasileira é a atuação do time masculino, que há dois meses está sob o comando do técnico brasileiro Frederico Hailer. Apesar do pouco tempo à frente dos homens, o treinador prometeu um bom desempenho do grupo, que mesclará experiência com juventude. Afinal, dos quatro ginastas, Mosiah Rodrigues, que participou da Olimpíada de Atenas, e Danilo Nogueira, são os mais experientes. Como novidades, a seleção terá Caio Costa e Adam Santos. Os caçulas obtiveram as vagas porque Diego Hypolito, e Vitor Rosas estão contundidos.
"Cuba, Canadá e Estados Unidos, com tradição no esporte, estão com equipes novas, em processo de formação. Eles trouxeram um ou outro ginasta mais experiente, porém são incógnitas", disse o técnico da seleção. "Devemos lembrar que apenas o nome não ganha nem perde uma disputa."
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