Seleção faz curso intensivo de Croácia

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Königstein, Alemanha – O cardápio da seleção é um só: Croácia no café da manhã, no almoço e no jantar. Em meio à ansiedade coletiva para a estréia na Copa que pode render o sexto título ao país, a seleção fixou o pensamento no adversário europeu. O técnico Carlos Alberto Parreira inclusive já reuniu o elenco para passar suas observações a respeito do oponente de terça-feira. Muita conversa para evitar surpresas.

"O Parreira nos passou alguns detalhes daquilo que eles fazem. Uma equipe que joga muito bem, que não fica dando balão pra frente e tenta ficar com a bola o máximo possível", explicou o volante Émerson, mostrando a preocupação em arrumar o setor defensivo do Brasil. "Por isso é fundamental a marcação apertada, para não dar liberdade. Eles são técnicos. Com a bola no pé eles sabem jogar também", complementou.

Em entrevista coletiva na terça-feira passada, Parreira havia elogiado publicamente a qualidade técnica e destacado a postura ofensiva da Croácia. A conversa reservada dos atletas com o treinador foi apenas um primeiro contato, lembrou o atacante Adriano. Até o dia do jogo, o tema será recorrente na concentração. E novas determinações certamente surgirão. "Conversamos algumas coisas, mas não tudo. A recomendação é atacar sempre, sem descuidar da defesa. As seleções que jogam contra o Brasil se defendem muito e a gente tem de ser inteligente e se movimentar bastante para tentar furar essa defesa", opinou o artilheiro da Copa das Confederações de 2005, o teste para o Mundial na Alemanha, com cinco gols. Para o paranaense Ricardinho, as informações trazidas pelo técnico servem de apoio para a partida, mas ele afirmou que o grupo está confiante na sua capacidade. "Ele nos passou alguns dados de esquema tático, de como o adversário tem jogado e as principais característica dos jogadores deles", revelou.

Roberto Carlos foi o mais otimista, afirmando que se o time repetir o que fez contra a Nova Zelândia "são três pontos". Não negou a dificuldade do oponente. Destacou apenas que o maior perigo são os escanteios e as faltas perto da área.