Se a vitória contra a Rússia nas quartas de final foi a da emoção, com direito de recuperação de seis match points no último set, hoje, às 15h30 (de Brasília), a seleção feminina de vôlei espera fazer da frieza a sua principal virtude em quadra para vencer o Japão e chegar à decisão, em busca do bi olímpico.
Ao contrário da equipe russa, que se aproveita da alta estatura de suas jogadoras para fazer do ataque a sua principal força em quadra, contra as japonesas, o Brasil terá de ter paciência para furar a forte defesa das adversárias. "O jogo é completamente oposto [em relação à Rússia]. O sistema defensivo das japonesas é muito difícil de derrubar", destaca o treinador.
Além do poder defensivo, Zé Roberto também aponta dois outros pontos fortes das jogadoras nipônicas. "Elas são muito precisas no saque e têm aquela velocidade que a gente já conhece. Então, alteram muito ataque e contra-ataque", explica o comandante brasileiro.
Para a ponta Paula Pequeno, a receita é utilizar um sistema tático diferente dos usados até agora na Olimpíada, que consiga explorar as poucas falhas defensivas das adversárias. "É outra pedreira. Contra as japonesas, temos de entrar concentradas e usar uma estratégia que funcione. E temos de ter paciência, porque elas defendem muito", enfatiza.
Apesar da dificuldade que enfrentarão na quadra da Arena Excel, as jogadoras afirmam que a vitória sobre a Rússia devolveu a confiança abalada na primeira fase, quando o time perdeu duas vezes. "O jogo com a Rússia deu uma confiança enorme para o grupo. Desde o jogo com a China a gente está crescendo e espero que seja assim até a decisão", afirma a capitã Fabiana. "Nosso grupo é muito forte. Acho que voltamos a jogar o nosso melhor", finaliza Sheilla.
A outra semifinal, marcada para as 11 horas, envolve os dois times que venceram o elenco de Zé Roberto: os favoritos Estados Unidos e a Coreia do Sul.
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