A seleção feminina de futebol do Canadá acusou a juíza norueguesa Christiana Pedersen de privilegiar os EUA após sua derrota dramática por 4 x 3 na prorrogação da semifinal na segunda-feira (6).
Em uma decisão rara, Pedersen penalisou a goleira do Canadá, Erin McLeod, por segurar demais a bola depois de fazer uma defesa aos 35 minutos da etapa complementar, dando às norte-americanas uma cobrança de falta indireta dentro da área.
A lei determina que a goleira deve soltar a bola depois de seis segundos, mas raramente é aplicada, seja no futebol masculino ou feminino.
Se essa decisão já pareceu severa para o Canadá, em seguida Pedersen concedeu um pênalti aos EUA como resultado da cobrança de falta de Megan Rapino. A bola atingiu o cotovelo da canadense Marie-Eve Nault enquanto ela se desviava.
A juíza não foi localizada para comentar, mas a chefe da arbitragem da federação norueguesa, Rune Pedersen, e ex-árbitro de Copa do Mundo, saiu em sua defesa.
"A semifinal foi intensa e exigente. Houve muitas batalhas, mas a juíza esteve no controle o tempo todo. Christiana acompanhou o jogo de perto."
"Houve duas decisões difíceis na partida - uma cobrança de falta indireta para os EUA com um pênalti subsequente por toque de mão. Essas decisões foram duras de tomar e mostraram que Christiana não teve medo de fazer o que achou ser certo. Esperamos que a Fifa (federação internacional de futebol) apoie-a nessas decisões."
A Fifa disse em um comunicado: "O Comitê Disciplinar está analisando os incidentes ocorridos após a conclusão da partida. Maiores informações serão fornecidas somente depois que o Comitê estiver de posse de todos os elementos do caso."
Mais cedo a entidade tinha informado que não comentaria as alegações específicas feitas pelas canadenses, acrescentando: "De qualquer forma, a decisão da juíza é sempre definitiva."
O técnico do Canadá, John Herdman, inicialmente evitou a polêmica, mas declarou: "Ela (a juíza) tem que viver com isso. Vamos seguir em frente. Pergunto-me se ela conseguirá."
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