O ano já está se encerrando, mas a maratona de jogos e viagens da seleção feminina de vôlei não tem fim. Desde maio, as atletas do Brasil participaram de cinco torneios, 34 jogos e passaram por seis países diferentes.
Justamente na reta final do ano, a seleção encarará no Japão seu principal desafio, a Copa do Mundo, que distribui vagas na Olimpíada de Londres-2012 às três seleções que subirem ao pódio.
Mesmo com tantos torneios no calendário, as jogadoras brasileiras dizem ter valido a pena viajar a Guadalajara para disputar o Pan. Segundo elas, a conquista do suado ouro contra Cuba motivou a equipe para a Copa.
Um dos principais adversários do Brasil na competição, os EUA, optaram por enviar ao México a equipe B, enquanto o time principal se concentrava só na preparação para o torneio do Japão.
"As duas opções [de Brasil e EUA] são válidas, mas confio mais na nossa. A gente optou por jogar, sofrer pressões. E isso foi o que aconteceu no Pan, contra Cuba. Foi importante porque vai ser assim na Copa do Mundo, uma pressão maior a cada dia pela vaga", disse a líbero Fabi.
No Japão, o Brasil enfrentará, a partir de amanhã, 11 adversários em apenas 15 dias, passando por quatro cidades diferentes. O rival de estreia será justamente o "descansado" time dos EUA.
"O cansaço faz parte. Este ano está bem puxado, mas acho que, para a Copa do Mundo, vamos esquecer tudo para conseguir a vaga em Londres. A gente está bem motivada e bem unida", declarou a capitã Fabiana. "Olhamos uma para a outra e vemos que está todo mundo correndo atrás, procurando fazer o seu melhor."
Além do Brasil, o técnico José Roberto Guimarães elencou a seleção dos EUA, atual vencedores do Grand Prix, a Sérvia, campeã europeia, e a China, que ganhou o Asiático, como principais rivais na busca pelo título.
Mas, para o treinador e as jogadoras brasileiras, a prioridade será a classificação para Londres-2012. "Nosso foco é a busca da vaga olímpica, e a consequência é o título", disse a líbero Fabi.
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