A eleição no Paraná caminha para não ter novidade. Embora sem uma confirmação oficial, Aquilino Romani, presidente licenciado do Tricolor, deve ser indicado pela situação como candidato à reeleição. O pleito será em novembro.
Romani se afastou em abril das funções administrativas do clube por causa de denúncias da Gazeta do Povo que apontaram a empresa do mandatário como dona dos direitos econômicos de alguns jogadores do Tricolor. Como parte dos acordos políticos, Aramis Tissot, presidente em exercício, deve devolver o cargo ao antigo titular, que assim voltaria aos holofotes. "Ele é sério, honesto e paranista. Deve terminar a sua gestão", afirmou Tissot.
A falta de um nome forte e de consenso, que evite o bate-chapa com a corrente política do ex-presidente José Carlos de Miranda, fez com que o retorno de Romani fosse cogitado. "Queremos terminar a nossa gestão e encaminhar alguém do grupo para dar continuidade. Pode ser eu ou não", despistou Romani.
Nas duas últimas eleições não houve disputa de chapas pela presidência do Paraná. Os dois grupos políticos convergiram e lançaram candidatura única. Os dirigentes garantem que a falta de uma voz dissonante dentro do clube não é prejudicial. " Oposição até tem bastante, mas não tem um modelo a propor. Tem de vir alguém para somar, não apenas discordar", ressaltou o presidente licenciado.
Confirmada a indicação de Romani, o grupo liderado por Miranda irá renunciar à pretensão eleitoral. "Confio no Aquilino. Se for ele [ o candidato], vamos convergir. O que precisa mudar são as pessoas que estão gerindo o futebol", criticou ele, cutucando o vice de futebol, Paulo César Silva.
Hoje, às 19 horas, na sede da Kennedy, haverá eleição para o Conselho Deliberativo. Sem concorrentes, o atual presidente do grupo, Benedito Barboza, será reconduzido ao cargo.
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