Não sei se é prepotência de quem ainda acha que o futebol brasileiro continua sendo o melhor do mundo, apesar de tantos fracassos, ou apenas incapacidade de os dirigentes promoverem radical transformação na carcomida CBF e nos deficitários clubes.
O ano nem bem começou e o futebol brasileiro voltou a decepcionar, agora no Sul-Americano sub-20, com apresentações sofríveis e a constatação de que os nossos treinadores seguem defasados. Tanto em criatividade, quanto em métodos.
Desde ontem, os nossos principais times estão jogando na fase de grupos da Libertadores e logo a seleção principal voltará à ativa. Os resultados satisfatórios colhidos pelo novo time formado por Dunga não devem iludir o torcedor, afinal foram apenas amistosos em período de ressaca pós-Copa do Mundo para as seleções que contam.
O problema continua sendo a falta de atitude da alta cartolagem nacional que passa mais tempo procurando saídas políticas para a grave crise financeira dos clubes do que criando um grupo de trabalho para repensar o futebol brasileiro em termos elevados e de acordo com a cartilha da modernidade que os europeus seguem há muito tempo.
Se não houver mudanças estruturais na CBF, nas federações estaduais e nos clubes; repaginação do calendário anual; reorganização dos campeonatos e, sobretudo, o resgate das origens do verdadeiro futebol brasileiro na base, com o talento técnico pesando mais que a força física, esqueçam o futuro.
Dionísio
Acompanhei a carreira do vigoroso ala esquerdo Dionísio, do treinador e do comentarista de rádio e televisão, mas nos tornamos amigos pessoais nas caminhadas no Parque Barigui.
Foram dez anos de amizade, com muitas conversas sérias, troca de informações e experiências, brincadeiras e uma convivência agradável com todos os demais que formam o grupo de amigos que se reúnem diariamente naquele aprazível recanto da nossa bela cidade.
Conforme os compromissos de cada um, verifica-se revezamento no grupo, mas Dionísio sempre foi assíduo no comparecimento, invariavelmente sorrindo, cumprimentando a todos efusivamente, transbordando otimismo e vontade de viver. Ele era uma festa permanente, falando de futebol, rádio, televisão ou cantarolando os seus sambas prediletos.
A sua morte repentina foi um choque para todos os ouvintes e, principalmente, para aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo pessoalmente.
Disciplinado, consciente de suas responsabilidades com a família e o trabalho, manteve comportamento exemplar, fazendo por merecer o respeito da sociedade.
Antônio Dionísio Filho cumpriu a sua missão terrena e nos deixou grandes lições de humildade, esforço e superação.
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