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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Mesmo após pedido direto do presidente da entidade que organiza o Brasileirão, o árbitro de vídeo não terá a sua estreia na rodada deste final de semana. Apesar de ainda não confirmar oficialmente, na CBF já se admite que o recurso não poderá ser utilizado por falta de condições técnicas e de profissionais para operá-lo. Assim, o uso das imagens de TV para corrigir erros de arbitragem terá de ser adiado.

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Na última segunda-feira, menos de 24 horas após o centroavante Jô marcar um gol de mão e dar a vitória ao Corinthians sobre o Vasco, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, pediu à Comissão Nacional de Arbitragem que o árbitro de vídeo passasse a ser utilizado “o quanto antes”. A intenção era de que o sistema fosse utilizado já a partir deste sábado pela 25ª rodada do Brasileirão. Além de problemas operacionais, não houve consenso entre os clubes, muitos descontentes com o uso da estratégia em apenas alguns jogos.

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Desde então, o departamento de arbitragem da entidade tratou de acelerar os trâmites - havia a intenção de testar o sistema apenas nas últimas rodadas do Brasileirão.

Havia, porém, uma série de problemas a se resolver: conseguir profissionais habilitados a operar o sistema, combinar com a Globo - detentora dos direitos de transmissão – a recepção das imagens e garantir a implantação em todos os estádios que receberão partidas na próxima rodada. E, em dois dias de reuniões, não se conseguiu resolver nenhum deles.

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Além da falta de estrutura na maioria dos estádios e da falta de profissionais, as próprias imagens de vídeo não puderam ser garantidas. Em comunicado, a Globo e a Globosat informaram que “colaboram com o projeto de vídeo arbitragem pois entendemos ser uma evolução natural do esporte”, mas considerou que não há tempo hábil para ajudar na implantação do sistema. “Devido à complexidade da operação, esse é um projeto que demanda tempo para selecionar, treinar operadores, padronizar estádios com equipamentos necessários, simular testes com os times de operador de replay, técnico e árbitro de vídeo CBF”, disse o texto.

A Globo e a Globosat informaram ainda que estão em conversas com a CBF “desde o início de 2016” e que já usaram o sistema em modo off-line (apenas para testes internos) e na final do Campeonato Pernambucano. Mesmo assim, não é possível fazer o mesmo já para a rodada deste final de semana.

“Vale lembrar que o sinal dos jogos produzidos tanto pela Globo como pela Globosat tem o objetivo único de gerar a melhor cobertura e experiência para o telespectador. Para o projeto de vídeo arbitragem são necessários ajustes e inclusões de câmeras que não fazem parte do modelo atual de captação de TV”, informou o texto.

Para completar muitos clubes se manifestaram contrários ao uso da tecnologia em apenas alguns jogos. Atlético, Atlético-GO, Atlético-MG, Corinthians, Coritiba, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória se mostraram descontentes com a estratégia seletiva, pois querem o método em todos os jogos.

Veja a nota da Globo na íntegra

“Globo e Globosat colaboram com o projeto de vídeo arbitragem pois entendemos ser uma evolução natural do esporte em concordância com os diversos players internacionais ligados ao Futebol. Estamos em conversas com a CBF desde o início de 2016 sobre de que maneiras poderíamos cooperar com a Confederação para a implementação do Árbitro de Vídeo no Campeonato Brasileiro. Avaliamos alternativas e soluções e fizemos testes na prática. A partir destes resultados, apresentamos propostas para atender a demanda de produzir todos os 380 jogos do Brasileirão, que levam em conta as regras da FIFA e a IFAB (Federação Internacional de Arbitragem) e as premissas da CBF. Estas propostas estavam sendo avaliadas para uma possível implementação em 2018. Foram feitos testes offline (sem interferência no resultado do jogo) nas Finais do Campeonato Carioca 2016 e um teste online (com comunicação com árbitro) na final do campeonato pernambucano 2017. Mas devido à complexidade da operação, esse é um projeto que demanda tempo para selecionar, treinar operadores, padronizar estádios com equipamentos necessários, simular testes com os times de operador de replay, técnico e árbitro de vídeo CBF. Vale lembrar que o sinal dos jogos produzidos tanto pela Globo como pela Globosat tem o objetivo único de gerar a melhor cobertura e experiência para o telespectador. Para o projeto de vídeo arbitragem são necessários ajustes e inclusões de câmeras que não fazem parte do modelo atual de captação de TV.”

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