O Atlético voltou a jogar bem, voltou a falhar, e novamente sentiu a falta de iniciativa de seus jogadores para reencontrar o rumo da vitória. O 1 a 1 contra o São Paulo, ontem, na Arena da Baixada, pode ser contado a partir de um fato curioso da partida. A bola já estava no vestiário do árbitro Gutemberg de Paula Fonseca quando o diretor de futebol atleticano, Ocimar Bolicenho foi buscá-la irritado.
"Ele queria levar de recordação e eu fui pegar. Não vai levar de presente, primeiro vai aprender a arbitrar", disse o dirigente.
Depois de expulsar corretamente o zagueiro Manoel, nos últimos dois lances do jogo, dois erros de Gutemberg e seus auxiliares tiraram a atenção do torcedor sobre o principal problema da equipe. Os lances isolados, no entanto, serviram para mostrar que os nervos estão ficando à flor da pele com a dificuldade do clube de conseguir se afastar da parte baixa da tabela.
"Não resta dúvida que é diferente jogar sempre precisando vencer", afirmou o atacante Maikon Leite, o único que encarnou o que faltou no Rubro-Negro ontem, objetividade e individualismo.
Foi dele o gol do empate Atleticano, aos 27 do segundo tempo, depois de driblar o zagueiro e chutar forte, sem chance para Rogério Ceni o gol do São Paulo foi marcado por Cléber Santana, após cruzamento de Marlos, seis minutos antes. No pouco tempo que esteve em campo o atleta que é do Santos e está emprestado ao Atlético fez mais duas boas jogadas individuais, mas insuficientes para evitar a reclamação geral do treinador.
"Nós criamos mais oportunidades. Tivemos maior volume de jogo. Mas jogamos de forma muito estática. Faltou o drible, a jogada individual. Não gosto de dizer que o 1 a 1 foi injusto. Mas é o primeiro empate que tenho no Atlético e sempre acho que estou perdendo um ponto [e não ganhando]", disse Carpegiani.
Ele comandou o Atlético em oito jogos, perdeu quatro, venceu três e empatou ontem. Na Baixada, o clube também piorou as estatísticas. Agora, são seis jogos e apenas três triunfos.
O jogo ainda reservou uma pequena discussão entre o treinador e Paulo Baier, na beira do gramado, quando a partida já estava empatada e o Furacão com um jogador a menos. Só evidenciou um pouco mais a instabilidade emocional pelo time não conseguir decolar na competição. "Está tudo certo. O Paulo é meu capitão e me representa em campo. Ele e eu queríamos fechar o meio, mas com jogadores diferentes", completou.
O próximo desafio será contra o Palmeiras, sábado, em São Paulo, uma equipe que está apenas duas posições, e dois pontos, à frente na tabela.
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