Sem espaço no clube, o atacante Keirrison, de 26 anos, deve se despedir do Coritiba em breve. Os empresários do atleta admitem que estão em busca de uma nova camisa para o jogador.
“Estamos estudando uma situação para ele sair”, confirma o empresário Naor Malaquias. “O Rafhael Lucas está indo muito bem e o Keirrison está voltando e precisa jogar mais. Não é bom para ele e nem para o clube que ele fique parado”, justificou, destacando que ainda não há um destino certo para o atleta, que tem contrato com o Alviverde até 2018.
Após sofrer uma lesão na pré-temporada que o tirou do início do Paranaense, o K9 entrou em campo apenas quatro vezes no ano, totalizando 182 minutos. O auge foi na semifinal do Paranaense, contra o Londrina, quando deu uma assistência para o gol de Negueba. No primeiro jogo decisivo contra o Operário ele foi titular, mas pouco fez.
Nessa segunda passagem pelo Coxa, após chamar a atenção nacionalmente com a artilharia do Brasileiro de 2008, com 18 gols, o K9 não deslanchou. Depois de recuperar-se da terceira cirurgia no joelho, em 2013 ele voltou a marcar um gol, quebrando um jejum de dois anos, atuando em 11 partidas. Índice que melhorou em 2014, quando jogou 25 vezes e balançou a rede em cinco oportunidades.
Porém, em 2015 o Coxa já contratou cinco atacantes: Wellington Paulista, Giva, Negueba, Wallyson e, por último, Paulinho. Sem contar Mateus Oliveira, trazido por Marquinhos Santos da base. Atletas que diminuíram ainda mais o espaço de Keirrison.
No caminho inverso, outros nomes conhecidos da torcida tiveram o nome ventilado no Alto da Glória. O meia-atacante Marcos Aurélio, que passou pelo clube entre 2008 e 2011 e hoje, aos 31 anos, defende o Ceará, chegou a ser oferecido por empresários. Por achar que o auge do meia já passou, a diretoria rejeitou a negociação.
Outro que esteve na pauta nos bastidores é Rafinha, do Al-Shabab, da Arábia Saudita. Recuperando-se de lesão em Curitiba, ele chegou a visitar amigos no CT da Graciosa nesta sexta-feira (22), mas o valor do salário, além de outros entraves, dificultam um acerto.
“É muito difícil. O Rafinha tem um crédito com o Coritiba que não foi pago, isso atrapalha; fora a questão do salário ser muito alto para o clube”, diz o empresário Eduardo Gomes, lembrando que o Coxa ainda tem dinheiro a receber dos árabes.
O vice-presidente de futebol do Coritiba, Ernesto Pedroso, garante que a chance de Rafinha voltar “é zero”.