A solução sobre o estádio paulista para Copa de 2014 que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, anunciou no último dia 21 que sairia "dentro das próximas semanas" pode ser apresentada até sexta-feira.

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Entre os governantes paulistas, ninguém imagina São Paulo fora do Mundial ou mesmo como mera coadjuvante, recebendo apenas partidas da primeira fase e das oitavas de final. Assim, reformar o Pacaembu ou usar a Arena Palestra não é prioridade. Os dois estádios não têm a capacidade exigida pela Fifa para sediar o jogo de abertura - 65 mil torcedores. Para São Paulo, abrir o Mundial significa receber o Congresso da Fifa e brigar para ter o Centro de Imprensa.

Nesse contexto, ganha espaço o novo estádio do Corinthians. O presidente Andres Sanches, que mantém bom relacionamento com Teixeira, já teria até mostrado o projeto de uma arena em Itaquera à CBF. E recebeu sinal verde. O estádio está orçado em R$ 400 milhões e, apesar da capacidade prevista ser de 50 mil torcedores, existe a possibilidade de ampliação para se adequar às exigências da Fifa.

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Excluído da Copa de 2014 desde junho por não ter as garantias financeiras exigidas, o Morumbi ainda está no centro do debate. Prefeitura, Governo do Estado e São Paulo não se conformam com a decisão do Comitê Organizador Local (COL), também presidido por Teixeira, e insistem que o estádio é a melhor opção para a cidade. Até o governo federal entrou na briga.

Na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se em Brasília com o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, e também manifestou apoio ao Morumbi. No mesmo dia, Lula assinou Medida Provisória que isenta de impostos federais a construção e reforma de estádios para a Copa. Estima-se que a MP vai provocar uma redução de até 20% no custo das obras. E o Morumbi seria um dos principais beneficiados, pois foi excluído da Copa justamente por falta de dinheiro.

Pelo projeto aprovado pela Fifa, o clube gastaria R$ 650 milhões para modernizar seu estádio. O Tricolor montou um plano B, no qual a obra custaria R$ 200 milhões, mas o projeto nem foi avaliado pela Fifa.

O desejo de Teixeira é que a cidade tenha uma nova arena. O Piritubão, na zona oeste, no entanto, perdeu força, pois nem Prefeitura nem Estado querem colocar dinheiro na obra e não arrumaram investidores.

Enquanto isso, Belo Horizonte e Brasília, concorrentes direitas de São Paulo na briga para abrir a Copa, já iniciaram as obras nos seus estádios e vão ganhando pontos com a CBF.

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Na terça-feira, Teixeira esteve no Distrito Federal e participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Mané Garrincha. Lá, ouviu um pedido do governador Rogério Rosso para que a capital do País receba o primeiro jogo da Copa. Teixeira se esquivou e disse que cabia à Fifa a decisão final. No dia seguinte, porém, quando visitou o Mineirão, em Belo Horizonte, admitiu que a capital mineira está na frente das concorrentes.