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Apesar das constantes críticas, há quem tem paixão pelo Campeonato Paranaense. Basta uma simples espiada no estafe da competição para se encontrar aquelas velhas figurinhas carimbadas. Gente que, entra ano sai ano, é visto correndo de um lado para outro do estado. A Gazeta do Povo conta a história de cinco legítimos "filhos da terra"

O gerentão

Lourival Furquin, diretor do Paranavaí.

Já são 18 anos nos bastidores do Paranavaí, com uma interrupção apenas em 2001, quando o time caiu de divisão. No entanto, o início da carreira profissional do dirigente foi longe dos gramados de sua terra natal. Em Brasília (DF), um jovem Lourival trabalhava como bancário e quase foi transferido para Manaus, mas com sorte conseguiu uma vaga para retornar ao Paraná. Mal chegou na cidade de origem, já recebeu convites para administrar a parte contábil do Vermelhinho: "Em seis meses virei gerente de futebol e depois cresci até me tornar diretor". Hoje essa é a sua profissão e ele faz questão de reforçar que é uma posição remunerada. "Aqui temos poucos recursos, mas fazemos o trabalho com profissionalismo", diz ele, que já viu o time ser campeão em 2007 e vice em 2003.

O veterano

Daniel Marques, lateral-direito do Roma.

Daniel Marques é especialista em Paranaenses: soma sete edições no currículo e tem passagens em várias cidades e times do território estadual: já esteve no Londrina, no Rio Branco, no Cia­­­norte, no Galo Adap e no Pa­­ranavaí – time com o qual foi vice-campeão em 2003. Com experiência de quem sabe como corre a bola por essas paragens, ele afirma: "Com conhecimento do campeonato fica mais fácil jogar. Já tenho um parâmetro de como é a competição". Marques, que já disputou também regionais no Rio Grande do Sul e em São Paulo, avalia o Paranaense: "O Campeonato Gaúcho exige mais força; o Paulista mais qualidade técnica e aqui no Paraná é mais velocidade", diz o experiente lateral, de 32 anos, metade deles dedicados ao futebol.

O nômade

Clênio, atacante do Cascavel.

Foram tantas as participações de Clênio em Paranaenses que ele já nem lembra ao certo de quantas edições participou."Foram de 8 a 10", diz, fazendo força para puxar pela memória. Entre eles, dois acessos: um com o Nacional de Rolândia, em 2003, e outro com o Operário, em 2009, quando fez oito gols em cinco partidas. A melhor classificação de Clênio em um Regional foi o quarto lugar em 2006, quando defendia as cores do Rio Branco de Paranaguá. O atacante, que hoje joga pelo Cascavel, já atuou também pelo Roma, Paranavaí e Paraná, além de uma passagem de seis anos pela Europa, no futebol croata, o que confirma a fama de cigano da bola. Entre tantos times e campeonatos, o atacante não conseguiu mensurar seu recorde de gols em um Paranaense. A memória lhe traiu.

O bandeirinha

Roberto Braatz, assistente.

O primeiro Paranaense de Roberto Braatz foi em 1994. Do primeiro lance de impedimento até hoje, o auxiliar soma aproximadamente 200 jogos, no Estadual. o que lhe rendeu boas histórias. "Em 95 trabalhei no jogo Coritiba x Batel, foi minha primeira partida com um time da capital. Em certa altura, percebi que não estava ali bandeirando, mas sim assistindo. Ao fim, errei três lances de impedimento por falta de concentração. Entendi queprecisaria estar sempre 100% focado", reconhece. Um ano depois chegava a hora do assistente encarar seu Atletiba de número 1. "Assim como um atleta sempre quer jogar um clássico, o árbitro quer apitar. Hoje a tensão já é um pouco menor por causa da experiência", conta o assistente, representante do Brasil em duas partidas da Copa da África do Sul.

O professor

Gilberto Pereira, técnico do Iraty.

Na conta de Gilberto Pereira já foram cinco Paranaenses como treinador e sete como atleta. Contagem que começou em 84, quando era volante no Matsubara. Esse ano, o treinador irá acompanhar de perto o Iraty, assim como já fez com Londrina, Nacional de Rolândia, Coritiba (uma breve passagem) e Galo Adap. Sua carta na manga para esta edição do Estadual está na montagem do time. "Não se pode trazer muitos jogadores de fora, que não conhecem o campeonato. É preciso mesclar juventude com experiência, mas isso não quer dizer jogadores velhos, mas sim com vivência na competição. Nosso atleta mais experiente é o zagueiro Silvio que, apesar de 22 anos, já disputou três Paranaenses. O mais velho de nossa equipe tem só 24 anos", diz o técnico, que a partir de maio deve treinar o Londrina.

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