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Para o técnico Roberto Cavalo, o problema do time foram os tropeços em casa, antes e depois da chegada dele ao time | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Para o técnico Roberto Cavalo, o problema do time foram os tropeços em casa, antes e depois da chegada dele ao time| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
  • Veja a tabela do Paraná
  • Confira o desempenho do time em 16 jogos como anfitrião

Com a permanência na Série B praticamente assegurada, os sentimentos no vestiário da Vila Capanema são contrastantes. Alívio, por deixar o fantasma do rebaixamento para trás. Decep­­ção, por perceber que a equipe tinha potencial para ir mais longe. Bastariam alguns resultados diferentes, especialmente dentro de casa, para que o Paraná brigasse pela volta à elite. Sem tempo para poder reparar os erros do passado, os cinco jogos restantes da temporada tornaram-se obrigação.

"Infelizmente, a gente não tem mais nenhum objetivo claro. Começamos o campeonato com a intenção de subir e ficamos decepcionados por não termos conseguido esse objetivo", disse o meio-campista Luiz Ca­­margo, que voltará a ser titular no próximo sábado, em casa, contra o Duque de Caxias.

"Daria para fazer mais. A gente fica chateado porque sabemos que o momento do Paraná é melhor do que o de vários times. É ruim ver o campeonato em andamento e não poder chegar mais", analisou o técnico Roberto Cavalo.

Até a 33.ª rodada, o Paraná deixou de ganhar 21 pontos como mandante. Em 16 jogos, foram 3 empates e 5 derrotas – 3 das quais para times com aproveitamento pior do que o do Tricolor. Zetti era o comandante na derrota para o Brasiliense, enquanto Sérgio Soa­­res perdeu os duelos contra ABC e Bahia.

"Os pontos perdidos dentro de casa, em alguns momentos contra times que estão brigando contra o rebaixamento, custaram caro. Hoje nós realmente pagamos por isso, até no meu comando, (nas derrotas) contra o Figueirense e a Portuguesa, e (no empate) com o Juventude. São três resultados que, se tivéssemos vencido, estaríamos brigando pela Série A no ano que vem", ga­­­­rantiu o comandante, que, diante do ABC, completou sua 10.ª partida à frente do time.

Ainda que a campanha paranista esteja longe de agradar ao torcedor, a arrancada tardia garantiu pontos importantes e uma sé­­rie invicta de cinco jogos. Em 2008, faltando um mês para o fim do campeonato, a situação não era tão confortável. Então dirigido por Paulo Comelli, o Paraná era o 13.º colocado, com 40 pontos, apenas quatro acima do Criciúma, que abria a zona da degola.

Se em quase duas temporadas na Segundona o Tricolor finalmente conseguiu se encaixar na parte de cima da tabela, agora o que resta é tentar a maior sequência de triunfos nos anos longe da Primeira Divisão. "Vamos procurar ganhar todos os jogos que faltam para acabarmos em uma melhor colocação", fechou Luiz Camargo.

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