Está programado para domingo o primeiro clássico, reunindo Atlético e Paraná, na Arena da Baixada. No passado seria jogo para casa cheia, muita vibração nas arquibancadas e intensidade na disputa dentro do campo. Os dois clubes decidiram diversos títulos em confrontos memoráveis e reuniram grandes jogadores através dos tempos, mas hoje mostram comovente indigência técnica aos olhos do torcedor sem motivação para pagar caro por um espetáculo muito provavelmente pobre.

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A fórmula de disputa não chama a atenção do publico que antecipadamente conhece a maioria dos semifinalistas pelo retrospecto e o peso técnico das equipes.

Ninguém está exigindo a volta daqueles times das memoráveis finais do Supercampeonato de 2002, por exemplo, quando o Furacão aplicou uma goleada de 6 a 1 na primeira partida, em tarde gloriosa do artilheiro Kléber e o Paraná deu o troco impondo o placar de 4 a 1 na Vila Capanema. Mas o tricampeonato estadual foi assegurado pelos atleticanos que vinham no embalo do título brasileiro até que o grande time fosse, artesanal e inexplicavelmente, desmontado. Uma das coisas mais difíceis é formar grupo com caráter de competidor e isso foi conseguido, porém durou pouco para desencanto da torcida rubro-negra.

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Domingo, o Paraná, mesmo com os seus conhecidos inúmeros problemas, pode ser apontado como favorito diante da inconsistente equipe que a diretoria resolveu colocar em campo para representar o Atlético na disputa do único título que, efetivamente, está ao seu alcance.

Estilo

Em apenas duas rodadas o jovem atacante Rafhael Lucas conseguiu mostrar que, além de saber marcar gols, pratica a arte com estilo. O lance do seu gol frente ao Maringá foi coisa de gente grande e, sobretudo, de quem conhece o momento certo para o drible, a ajeitada na bola e a finalização certeira.

O timing é tudo e, no atual mambembe futebol brasileiro, o surgimento de um talento com essa capacidade deve provocar olas e aplausos. Não sei como é que Marquinhos Santos vai encontrar lugar para o irregular Wellington Paulista, contratado mesmo com jejum de nove meses sem gols.

O capricho dos cartolas sempre provoca dores de cabeça nos treinadores e contrariedade nos torcedores.

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*****Efabulativo: Na última reunião da confraria "Amigos da Bola", comandada pelo fraterno Capitão Hidalgo, chamou a atenção o apelido de Edgar Felipe. O intrépido colunista Augusto Mafuz, um dos homenageados da noite, quis saber o motivo do apelido do famoso narrador e o comentarista Valmir Gomes esclareceu:

– Em uma discussão corriqueira, a mulher disse ao Edgar que todos os homens são iguais. Ele se antecipou afirmando que se todos são iguais, gostaria de ser chamado de Brad Pitt. O apelido pegou.

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