Sem pressão, Paraná acorda fantasma

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Com a derrota para o Brasiliense por 3 a 1, o Paraná viu o fantasma do rebaixamento para a Série C voltar com tudo à Vila Capanema. Podendo acabar a 31º rodada até em 16º lugar, na porta da temida zona de descenso, a equipe paranista deixou escorrer pelo ralo, junto com a chuva forte de ontem, toda a recuperação no segundo turno da Série B.

Pelo péssimo futebol apresentado principalmente no primeiro tempo contra o Jacaré, ficou a impressão de que o Paraná só consegue jogar quando está pressionado. E foi justamente isso que confirmou o auxiliar-técnico André Chita, substituto do suspenso Paulo Comelli.

"Foi falado antes da partida. Mas quando a faca chegou próxima do rosto, a água no pescoço, o grupo começou a reagir. É um perfil deste grupo", disse, assumindo que a sua equipe não soube jogar porque estava fora da ZR. "Teve A, B e C que achou que estava em uma área confortável", criticou.

Até os jogadores concordaram que é necessária a iminência da tragédia da Terceirona. "A pressão acaba dando uma alertada na gente, uma acordada. Hoje (ontem), o time entrou muito apático", afirmou o zagueiro Fabrício, que voltou após cumprir suspensão no último jogo. "Acho que faltou um pouco de maturidade. Parece que nosso time quer jogar sempre com a pressão da zona do rebaixamento", criticou Pituca.

Pressão que não deve faltar nos próximos 11 dias, até a próxima partida, contra o Barueri, fora de casa. Como se enfrentar uma equipe que está brigando para subir à Série A não fosse o suficiente, na seqüencia o Tricolor joga novamente em São Paulo, contra o líder Corinthians – possível jogo do título do Timão.

"A equipe já soube sair da zona do risco. Houve uma zona de conforto de alguns atletas. Nós não vamos para a zona, mas pode ficar a um pontinho. E isso não é sinal amarelo, é vermelho", lembrou Chita, que ainda garantiu que o Tricolor pode voltar a mostrar um bom futebol. "São 11 dias, tem que ter o emocional ajustado. Vamos dar moral para estes jogadores porque eles vão voltar a jogar o que estavam jogando."

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Em Curitiba

Paraná

Mauro (Gabriel); Murilo, Daniel Marques, Fabrício e Fabinho; Agenor, Pituca, Kléber e Giuliano; Ricardinho (Éder) e Rodrigo Pimpão (Cristiano). Técnico: André Chita (interino).

Brasiliense

Guto; Patrick (Paulo Ricardo), Ailson, Fabio Braz e Edinho; Bidu, Juninho, Marcinho (Adrianinho) e Iranildo (Jardel); Diogo e Jobson. Técnico: Reinado Gueldini.

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Adriano Pereira Machado (RJ). Gols: Marcinho, aos 27/1º (B); Pituca, aos 14/2º (P), Adrianinho, aos 29/2º (B), Jardel (B), aos 43/2º. Amarelos: Marcinho, Diogo, Jardel (B); Pituca, Agenor (P). Público pagante:4.159 (4.480 total). Renda: 64.845,00.