Nem o apelo dos jogadores, nem a situação instável do Coritiba foram suficientes para amolecer o presidente Giovani Gionédis. Mesmo na reta final da Segundona, e precisando do apoio maciço do torcedor, o dirigente voltou a descartar realizar uma promoção no preço dos ingressos.
Quem for amanhã ao Couto Pereira, para ver Coritiba e Náutico, às 20h30, terá de ser movido apenas pela caráter decisivo da partida para gastar R$ 15 que custa o bilhete para a arquibancada.
"Já disse que não haverá promoção. Lançamos o pacote e por isso não podemos baixar o preço do ingresso. Ou se faz uma coisa ou se faz outra", justificou o dirigente, com o mesmo argumento de sempre quando o assunto vem à tona. Nem o sucesso obtido pela maioria de seus adversários diretos na busca por uma das quatro vagas à Série A seduz Gionédis.
O Atlético Mineiro, por exemplo, baixou a entrada para R$ 5 e R$ 10 e além de subir de produção têm a melhor média de público e renda da competição, De quebra, obteve o recorde do ano de maior público em todos os campeonatos nacionais na partida contra o Avaí (21/10), quando o Mineirão recebeu 57.851 pessoas que empurram a equipe da casa na vitória por 4 a 1. Já o Paulista, fez uma parceira com postos de gasolina e lojas e também e também deixou uma parte dos ingressos a R$ 5. Outros exemplos se encontram na Série A, seja com o líder São Paulo ou o lanterna Santa Cruz.
Para o Coritiba, no entanto, este é o momento da torcida dar a contrapartida. "O torcedor tem o dever, a obrigação, de lotar o estádio", afirmou o dirigente, que faz uma conta de olho nas três partidas que devem decidir o futuro do clube: contra Náutico (amanhã), Atlético-MG (11/11) e Avaí (25/11). "Metade das pessoas que vão ao nosso estádio paga meia. Se fizer a conta, são R$ 23 reais para os três jogos. Se não puder pagar isso para ajudar o clube..."
O dirigente não fez a conta para a outra metade dos freqüentadores do Couto, que dará um total de R$ 45 para os três jogos. A negativa de Gionédis movimentou setores da torcida coxa, especialmente na internet, com reações indignadas dos torcedores, que ainda persistem na campanha pela diminuição no preço dos ingressos.
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