Sem receber, jogadores do Paraná não treinam nesta segunda

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Líder isolado da Série B do Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube não treinou nesta segunda-feira (5). Ainda com salários atrasados (duas parcelas de direito de imagem e uma dos vencimentos), jogadores e comissão técnica do Tricolor decidiram que não cumpririam o planejamento de trabalhos para o dia, assim como já haviam feito em março.

De acordo com a assessoria de imprensa do clube, a mudança de planos não altera a reapresentação do elenco, que deve treinar em dois períodos nesta terça. Na quinta-feira, a equipe do técnico Marcelo Oliveira enfrenta o rival Atlético em um jogo-treino. Na próxima terça-feira (13) o rival é o Icasa, no retorno à Segunda Divisão.

Por telefone à Gazeta do Povo o presidente do clube, Aquilino Romani, não escondeu a dificuldade de acertar a situação e apontou a venda de jogador como possível solução imediata.

"Lamentamos não termos condição de pôr as contas em dia. Sabemos do compromisso deste grupo e estamos fazendo de tudo para acertar e uma hora isso vai acontecer", declarou.

Sobre uma negociação do atacante Marcelo Toscano para o exterior (a imprensa portuguesa vem noticiando nos últimos dias o interesse do Vitória de Guimarães pelo avante), o dirigente foi batante realista.

"Se for (uma proposta) dentro do que pensamos, vamos ter de negociar. Os 40 dias da parada da Copa foram muito ruins para o clube", emendou, lembrando que o atacante pertence a um grupo de empresários liderado por Renato Trombini e que o Tricolor teria direito a 30% da transação.

Além disso, o presidente conta com receitas provenientes de transferências do meia Éverton para o Tigres (MEX) e do lateral Wellington Baroni para o Espanyol (ESP). Como clube formador dos atletas, o Paraná tem direito a 5% do valor da negociação.

Repetição

O atraso salarial tem sido rotina na temporada paranista até aqui. Ainda no início do ano, no dia 15 de março, dois dias antes da partida diante do Sport, pela Copa do Brasil, o elenco também decidiu não treinar em forma de protesto pelo não recebimento. Dias depois da paralisação a diretoria colocou em dia um mês de vencimentos.