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Rio (AE) – A goleada sofrida pelo Flamengo no domingo (6 a 1 para o São Paulo), atuando em casa, na Ilha do Governador, trouxe mais prejuízos. Revoltados com o desempenho ruim do time, torcedores foram à sede do clube, na Gávea, e apedrejaram vidraças, na madrugada de domingo.

O Flamengo segue próximo à zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e o clima no clube é de tensão. A crise, porém, não atingiu a comissão técnica, mantida por determinação do presidente Márcio Braga. A decisão, no entanto, poderá ser revista caso o Flamengo seja derrotado pelo Vasco, no clássico de sábado.

Contrariando as previsões iniciais, a equipe não treinará esta semana fora do Rio em busca de tranqüilidade. A preparação para o jogo decisivo será realizado na Gávea, o que agradou ao técnico Andrade. Para ele, o momento é de superar as barreiras e reconquistar o apoio da torcida, com empenho e dedicação nos treinamentos e vitórias dentro de campo. "Confio na capacidade da equipe. A fase não é boa, mas acredito que tudo vai melhorar", declarou Andrade.

O técnico do Flamengo está abatido com a seqüência de maus resultados. Ele lembrou que, em sua época de jogador, não se acostumou a perder tanto. Hoje, ele nada pode fazer dentro das quatro linhas, porém não perde a esperança, nem tampouco joga a toalha. "Sou funcionário do clube e somente deixo o cargo se a diretoria quiser".

Andrade deixou bem claro que não sabe explicar a razão pela queda de produção da equipe. Ele disse que vai conversar com os jogadores mais experientes para saber o que está ocorrendo no grupo. O treinador descartou qualquer hipótese de boicote contra ele. "Isso não existe".

Na companhia de Andrade, os dirigentes se reuniram ontem à tarde com o elenco, no vestiário, para cobrar vontade e determinação nas dez últimas rodadas do Brasileiro, a fim de evitar o rebaixamento. A diretoria, no entanto, negou que vá punir ou rescindir o contrato de qualquer atleta. "Não quero que esse vexame (a goleada por 6 a 1) volte a acontecer", declarou o vice-presidente de Futebol, Gérson Biscotto. "A hora é de reagir".

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