Descansando em Curitiba após a disputa do Mundial de Esportes Aquáticos de Xangai, na China, que terminou no último final de semana, o nadador paranaense Henrique Rodrigues, de 20 anos, agora está focado para a conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, em outubro. Antes, Rodrigues, que chegou à semifinal dos 200 m medley no Mundial, disputa o Troféu José Finkel no fim de agosto, uma das principais provas do calendário brasileiro.
De acordo com o nadador, que detém índice olímpico nos 200 medley, a parada estratégica em Curitiba para descanso pode significar uma mudança de rumo na carreira, incluindo a entrada em mais provas dentro da distância e a troca de treinadores.
"Quero mudar o meu conceito de treinamento. Acho que está faltando alguma coisa. Pode haver mudanças de técnico. Estou num período de definição, repensando tudo. Não posso pensar em errar ano que vem, pois neste já teve muita coisa errada", revela.
Na atual prova dele, os nadadores fazem 50 metros de cada um dos quatro estilos (livre, peito, costas e borboleta). Disputar provas específicas de cada um deles pode "redescobrir" Rodrigues, que atualmente é nadador especialista em apenas uma prova. "Pretendo expandir as provas a disputar dentro dos 200 metros. Realmente não sei se tenho um estilo mais forte que os outros, pois eles são bem equilibrados. Isso vai me ajudar a saber em qual posso me sobressair", explica.
A proibição do supermaiô pela Federação Internacional de Natação (Fina) pode trazer surpresas nos resultados nas próximas competições internacionais. "Eu estou otimista, pois estou me adaptando bem sem o traje. Tenho condições de brigar pelo ouro em Guadalajara", enfatiza.
Com a nova regra, por exemplo, o norte-americano Michael Phelps, que conquistou o maior número de medalhas de ouro olímpicas em uma única edição dos jogos, oito em Pequim-2008, teve dificuldade nas piscinas de Xangai.
Doping
Rodrigues afirma que os casos de doping envolvendo nadadores brasileiros, incluindo o medalhista olímpico e recordista mundial Cesar Cielo, causaram um mal-estar geral no Mundial. "É claro que os casos de doping pegaram mal para a natação brasileira. Mas acredito que isso não atrapalhou o meu rendimento em Xangai", considera o nadador.
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