Negociação
Petraglia critica fidelidade
Angelo Ricardo Binder, com informações de Robson Martins
O ex-presidente do Rubro-Negro Mário Celso Patraglia disse que o clube errou ao não negociar as cotas de tevê sem a participação da entidade que reúne os principais times do país. Para ele, o C13 chegou ao fim, depois que a maioria dos filiados resolveu negociar sozinha com as redes de tevê. "O Clube dos 13 acabou. O Coritiba fez certo ao negociar à parte", disse.
A diretoria alviverde confirmou na segunda-feira o acerto com a Rede Globo. Mesmo caminho tomado por Goiás, Grêmio, Cruzeiro, Vitória e Corinthians. Já o Botafogo, Inter, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Santos, Vasco, Guarani e Portuguesa estão próximos do acerto com a emissora carioca.
O Atlético ficou ao lado de São Paulo, Sport, Atlético-MG e Bahia no esvaziado Clube dos 13. Situação criticada por Petraglia. "Ficamos apoiando os bambis [São Paulo] que nos prejudicaram tantas vezes, que nos tiraram da Libertadores", reclamou.
Apesar das críticas diárias à atual diretoria(apoiada por ele na última eleição em 2009), com postagens no Twitter, Petraglia garantiu que não será candidato à presidência do clube em dezembro.
A disputa pelos direitos de transmissão dos próximos Campeonatos Brasileiros será tema de audiência pública no Senado Federal. Ontem, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Casa aprovou requerimento da senadora Lídice da Mata (PSB-BA) para chamar os envolvidos a prestar esclarecimentos sobre o assunto, em Brasília.
Entre os convidados para o evento, em data ainda a ser definida (depende da agenda do grupo), estão o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, e representantes das tevês que manifestaram interesse em passar os jogos.
Como outras sugestões de nomes foram apresentadas durante a reunião, o presidente da comissão, senador Roberto Requião (PMDB-PR), determinou que na próxima semana será votada a inclusão de novos convidados.
"Precisamos tentar exercer o papel de mediadores", afirmou à reportagem Lídice da Mata, que diz buscar impedir que "um impasse prejudique a grande paixão nacional e se torne um péssimo exemplo para o país da Copa do Mundo de 2014".
"Essa polêmica tem deixado os torcedores apreensivos, esse estica e puxa, cada time fazendo o seu acordo... Como ficaria isso?", acrescentou, lembrando da proibição do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), no ano passado, de que seja concedida a preferência para qualquer emissora de televisão.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) propôs a inclusão de representantes de clubes que não integram o Clube dos 13 e do próprio Cade. Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) considerou o debate positivo por oferecer uma possibilidade de se discutir os "irrisórios resultados financeiros" do Nacional, quando comparados aos de países como a Inglaterra.
Também ontem, a diretoria do Corinthians assinou contrato com a Rede Globo para que a emissora transmita os jogos do clube entre os anos de 2012 a 2015. Segundo o time, os valores do acordo não podem ser revelados em razão de cláusula de confidencialidade.
Segundo a nota, o clube vai ganhar mais do que o Clube dos 13 (C13) havia prometido. Em fevereiro, Fábio Koff, presidente do C13, havia dito que o time alvinegro ganharia entre R$ 60 e R$ 70 milhões.
O Corinthians aproveitou a nota para responder sobre a proposta pública feita pela Record, que ofereceu R$ 100 milhões por ano (R$ 500 milhões no total).
"Esclarece-se que a proposta pública feita pela TV Record exige do Corinthians algo que, segundo a lei vigente, o clube não tem o direito de comercializar. De acordo com o artigo 42 da Lei no. 9.615/98, a chamada Lei Pelé, aos clubes pertence o direito de negociar a transmissão de determinada partida. Assim, o Corinthians, isoladamente, não tem poderes para comercializar seus 19 jogos como mandante, conforme proposto pela TV Record", diz o clube.
A emissora carioca já prevê ter definido o assunto com pelo menos 15 das 20 agremiações do Clube dos 13 para a exibição do Nacional a partir do ano que vem.
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Interatividade:
O Atlético deve seguir no Clube dos 13 ou tentar negociações isoladas com as emissoras?
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