Um dia após a histórica tomada de território do Complexo do Alemão (leia mais em Vida e Cidadania) pelo estado do Rio de Janeiro, o tema segurança pública acabou ganhando destaque no segundo seminário "Rio Cidade Sede". Os temas pautados para o evento realizado neste segunda-feira, em Copacabana, eram "Mobilidade Urbana" e "Turismo e Infraestrutura Hoteleira", mas os palestrantes fizeram questão de deixar seus depoimentos sobre as últimas ações do governo contra o poder paralelo. O governador Sérgio Cabral voltou a garantir que a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 serão realizadas em paz, com todas as comunidades do estado já pacificadas.
"Eu sempre disse aos membros do Comitê Olímpico Internacional que nós não temos só o compromisso de fazer um evento olímpico e paraolímpico e dar paz aos milhares de visitantes. Nós queremos dar um legado de segurança antes, durante e depois. E eu me comprometi na campanha eleitoral a recuperar todos os territórios ocupados pelo poder paralelo. Eu tenho certeza absoluta que vou cumprir esse compromisso até 2014", disse Sérgio Cabral, que foi muito aplaudido durante o evento promovido pelo jornal "O Globo".
O presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABHI), Álvaro Brito, foi um dos palestrantes que mostrou mais otimismo com as ações do governo estadual. A segurança pública era uma das maiores preocupações do setor para a realização dos grandes eventos esportivos na cidade.
"Para mim, o nosso maior problema é com a segurança. E o governo do estado está dando uma resposta bonita. Foi um negócio fantástico. Mas eu diria que essa é a primeira etapa", afirmou.
Diretor de logística de Atenas-2004 faz alerta sobre gastos
Com a presença do diretor de logística das Olimpíadas de Atenas 2004, Evangelos Angeletopoulos, o seminário também teve como objetivo proporcionar uma interação entre as duas cidades sedes. O grego ressaltou a importância da atenção com os gastos, que costumam "ser o dobro do previsto". Outro ponto destacado é que cada cidade tem suas próprias necessidades e dificuldades e, portanto, pouca coisa pode ser aproveitada das edições anteriores da competição.
"A transferência de conhecimento não é maior do que 40%. Normalmente, o comitê organizador recebe muitos dados e a maioria deles é porcaria", disse Evangelos.
O governador Sérgio Cabral elogiou o trabalho feito pelos gregos, mas deixou claro que não será o principal exemplo seguido pelo Rio de Janeiro.
"Eu estive lá alguns dias e tive a oportunidade de verificar os benefícios que a cidade teve. Mas, com todo o respeito a Atenas, nós temos outras cidades também como referências de conquistas a partir dos Jogos Olímpicos, como Barcelona", afirmou o governador.
Situação dos aeroportos do Rio de Janeiro preocupa
A situação dos aeroportos do Rio de Janeiro, principalmente do Galeão, também foi um assunto bastante discutido nesta segunda-feira. Dois palestrantes criticaram suas condições. O presidente da ABIH, Álvaro Brito, disse que tratam-se de "rodoviárias", enquanto o consultor em infraestrutura aeroportuária José Wilson Massa criticou seus acessos. O governador Sérgio Cabral também reconheceu que será um grande desafio transformar o "precário aeroporto em um condizente com o calendário do Rio".
"As obras de revitalização do Galeão foram iniciadas em 2008 e eu entendo que elas ficarão a tempo não só das Olimpíadas como da Copa. Agora, em termos de acesso, o Galeão preocupa", disse José Wilson Massa, consultor em infraestrutura aeroportuária. Como alternativa, ele sugeriu a criação de uma ligação marítima pela Baía de Guanabara.
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