Expectativa

Astros destacam a importância da decisão

Da Redação

Dois dos principais jogadores da final de amanhã da Liga dos Campeões, o holandês Arjen Robben (Bayern de Munique) e o goleiro tcheco Peter Cech (Chelsea) deram ontem o tom da importância que a partida tem para os dois times – e para eles individualmente. O meia-atacante lamenta ter perdido a final da Copa do Mundo de 2010 para a Espanha, mas usa a frustração como incentivo. "Se eu não tiver uma febre de 40 ou 41 graus estarei em campo", bradou o jogador, que, doente, não vem treinando. "Esse é o jogo da vida. Chegou a hora", continuou.

Já o goleiro do time inglês, intocável em oito anos nos Azuis, vê no jogo a chance de finalmente coroar o caro elenco montado pelo milionário Roman Abramovich. É o título que falta. "Jogaremos fora de casa. É raro que um time jogue uma final de Champions em casa, e isso está acontecendo. Vantagem deles", comentou. "Esta pode ser a melhor temporada da história [do Chelsea]. Não fomos bem na Premier League, mas o clube nunca venceu a Champions e pode fazer história agora."

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Apito

O português Pedro Proença, de 41 anos, será o árbitro da final da Liga dos Campeões entre Bayern de Munique e Chelsea. Ele apitou cinco jogos na competição, mas nenhum dos dois finalistas. Integrante do quadro da Fifa desde 2003, Proença estará na Eurocopa, no mês que vem e tem no currículo 65 partidas de torneios da Uefa. Seus auxiliares serão Bertino Miranda e Ricardo Santos.

Campeão da Liga dos Campeões na temporada 2000/2001, o ex-atacante Élber vive a expectativa de ver o conterrâneo Rafinha, londrinense que despontou no Coritiba, repetir seu feito pelo clube em que virou mito. Na última segunda-feira, Élber viajou à Alemanha para ser homenageado como um dos 11 jogadores da recém-eleita equipe de todos os tempos do Bayern de Munique, ao lado de craques do peso de Beckenbauer, Breitner e Müller. A homenagem será na inauguração do museu do clube, pouco antes do ponto alto de sábado: a decisão da Liga dos Campeões contra o Chelsea, em casa, na moderna Allianz Arena. "Com 40 anos e já estou no museu, para vocês verem onde cheguei. Mostra que fiz algo de bom pelo clube", orgulha-se o ex-atacante, que pelo time bávaro também foi vice da Liga dos Campeões de 1998/1999, quando não jogou a final com o Manchester United, além de ter conquistado quatro campeonatos alemães.Para a final de amanhã, ele aposta na frieza dos alemães, torce pela escalação de Rafinha e indica preparo físico e pegada como receita para conquistar a taça de campeão.

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VÍDEO: Assista à entrevista com Élber

O Bayern joga a final em casa, isso torna o jogo mais fácil?

Em final de Liga dos Cam­­peões a chance é sempre 50% para cada lado. Independentemente de ser em casa, o Bayern terá de correr bastante para vencer o Chelsea. Pelo Bayern, fico feliz de o Ramires não jogar. Eu o indiquei ao clube quando trabalhava lá, mas eles falaram que não tinha a característica do futebol alemão. O time que tiver melhor condicionamento físico e maior pegada sairá campeão. Os jogadores do Bayern entram pressionados pela chance de serem campeões 11 anos depois?

Eles já estão habituados com pressão, mas lógico que, jogando no seu estádio, você sabe que tem de ganhar. Para mim, a final seria Real Madrid e Barcelona, mas o futebol é bom por isso. Em 2001, o Bayern também não era favorito e algumas coincidências marcam as duas campanhas, como eliminar o Real Madrid na semifinal. Qual a semelhança entre esses elencos?

A marca dos dois times é a vontade de ganhar, de não se entregar. Mesmo atrás do resultado, joga com a mesma intensidade de quando estava 0 a 0 para chegar a um resultado bom. O que mais o marcou na final de 2001 contra o Valência?

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A expectativa do jogo. Você se prepara o ano todo para chegar à final da Copa dos Campeões. É inesquecível. Você não dorme direito, a ansiedade é muito grande.

Qual a importância do lateral Rafinha, ex-Coritiba, e do volante Luiz Gustavo no elenco do Bayern?

Esperávamos que o Rafinha fosse titular do começo ao final, mas acabou perdendo a posição para o Alaba e o Contento. Ele está se empenhando e quando tem chance mostra que não é um jogador para fazer número. Já o Luiz Gustavo começou o campeonato muito bem, mas tiveram as convocações da seleção e na volta houve uma queda de rendimento. Torço pelos brasileiros, mas como londrinense, torço mais pelo Rafinha, porque tive participação na ida dele para o Bayern. O Rafinha deve permanecer no clube?

Sim, o Bayern de Munique é isso. Não são 11 jogadores. Os titulares absolutos são Schweinsteiger, Ribéry, Robben, Mario Gomez, Neuer e Lahm. Os outros o treinador vai trocando. Tem de ter paciência e o Rafinha é um garoto que tem boa cabeça e está se dedicando. Espero que o treinador o escale para a grande final, porque para mim seria um sonho outro londrinense conquistando a Liga dos Campeões. Um palpite para a decisão?

Como tudo está se repetindo como em 2001, vai para os pênaltis e os alemães ganham. Eles são mais frios na hora das penalidades, isso já aconteceu contra o Real Madrid. Vai ser aquele jogo morno. E nos pênaltis vamos gritar "somos campeões".

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Esportes | 19:30

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Ídolo e recém-eleito um dos 11 melhores jogadores de todos os tempos do clube alemão, londrinense Élber estará em Munique neste sábado para torcer pela equipe bávara diante do Chelsea na decisão do principal torneio de clubes do mundo.