Rafael Moura liberado
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por maioria de votos, absolver o atacante Rafael Moura da acusação de ter infringido o artigo 250 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O jogador foi expulso por uma jogada violenta no jogo contra o Cruzeiro e poderia pegar até três jogos de gancho.
A decisão do STJD faz com que o jogador tenha condições de enfrentar o Vitória, na próxima rodada. Com isso, o técnico Geninho terá a inédita oportunidade de poder repetir uma escalação no Atlético em duas rodadas seguidas.
A série de quatro jogos sem perder fez com que o Atlético Paranaense renascesse na Série A do Campeonato Brasileiro. Depois de vencer o Cruzeiro por 1 a 0 na Arena da Baixada e empatar em 2 a 2 com o Vasco em São Januário, o Furacão conseguiu o que não havia conseguido durante toda a competição até então.
Ao derrotar o Sport (1 a 0 na Arena) e o Figueirense (2 a 0 no Orlando Scarpelli), pela primeira vez o time conseguiu vencer duas seguidas, ganhou novamente um jogo fora de casa (depois de 33 rodadas) e diminuiu de 74% para apenas 23% as chances de ser rebaixado para a segunda divisão. Hoje o Atlético é o 14º colocado no Brasileirão, com 38 pontos.
De acordo com o site Infobola, em 22 de outubro (poucos dias antes do confronto contra o Cruzeiro, que deu início à série de bons jogos), o Furacão tinha apenas 26% de chances de permanecer na Série A. Os dez pontos conquistados desde então (em 12 possíveis) fizeram com que o rubro-negro passasse de virtual rebaixado e postulante a uma das vagas da Copa Sul-Americana do ano que vem, com 12,6% de chances segundo o site Chance de Gol.
Aos poucos, embora ainda mantenha o discurso de que a meta é permanecer na 1ª divisão, jogadores e dirigentes atleticanos passam a considerar a vaga na competição internacional um objetivo bem possível. O número mágico para obter a classificação é de 47 pontos (95,7% de possibilidades).
Próximos confrontos
Em uma rápida análise nos confrontos que o Furacão terá pela frente até o final do campeonato, a missão da equipe que já foi tida como quase impossível já não assusta tanto, apesar de merecer todo respeito e atenção.
O próximo adversário é o Vitória, que amarga uma seqüência ingrata de seis jogos sem vitórias. A derrota em casa na última rodada para o Atlético Mineiro fez as pressões aumentarem ainda mais para o clube baiano, que vê no triunfo contra o Furacão a chance de reencontrar a tranqüilidade e acalmar a torcida. Jogo difícil, mas com vantagem para os atleticanos, que jogam na Arena, diante de sua torcida.
Em seguida o Atlético reencontra Ney Franco, técnico da equipe no primeiro semestre. O Botafogo não tem colhido bons resultados ultimamente e está na oitava colocação, praticamente definido na Copa Sul-Americana no ano que vem. Não deve ser um adversário muito difícil, embora jogue em casa.
Contra o Náutico, o Furacão terá uma verdadeira pedreira pela frente. Do outro lado um magoado Roberto Fernandes, apontado por muitos como um dos responsáveis pela péssima campanha do Atlético no primeiro turno. Para dificultar a missão rubro-negra, o jogo será no estádio dos Aflitos e o Timbu, assim como o Atlético (mas em situação ainda pior), luta diretamente para tentar fugir do rebaixamento.
Por fim o Atlético volta a jogar na Arena da Baixada pela última rodada do Brasileirão. O Flamengo certamente estará na briga por uma das vagas na Copa Libertadores, tendo uma remota possibilidade de também estar brigando pelo título. Se essas hipóteses não se confirmarem, o Atlético terá uma parada um pouco mais fácil, mas que historicamente não dá margem para favoritismos. Em 27 confrontos pelo Campeonato Brasileiro, o Atlético venceu 11, perdeu outros 11 e empatou cinco vezes.
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