São Paulo (AE) Valdemir Sertão Pereira é o novo campeão dos penas, versão Federação Internacional de Boxe. O pugilista baiano, de 31 anos, derrotou, por pontos, o tailandês Phafrakorb Rakkietgym, após 12 assaltos, no início da madrugada de ontem, diante de mais de três mil espectadores no ringue do Foxwoods Casino, em Mashantucket, Connecticut, Estados Unidos. Os três jurados foram a favor do brasileiro: 118 a 108.
"Dominei a luta desde o início. Acertei bons golpes e não entrei na tática dele, que queria me pegar no contra-ataque", disse Sertão, eufórico, logo após a vitória. "Agora, só quero voltar para São Caetano e ir para Cruz das Almas, na Bahia, ver meu pai e minha mãe. Faz dois anos que não os vejo."
Sertão também espera que o cinturão mundial lhe garanta um "bom patrocínio" para conseguir pagar as dívidas e ter uma vida melhor. "Eu só quero ter uma renda boa para conseguir viver tranqüilo."
Sertão disse que estava se sentindo tão bem após o combate, que tinha disposição para fazer a primeira defesa do cinturão logo após derrotar o tailandês. "Estou inteiro. Me sinto até melhor agora depois do nervoso inicial da luta."
Integrante da equipe brasileira na Olimpíada de Sydney, em 2000, ele teve a ajuda no córner de Popó. "Ele terminou a luta totalmente rouco de tanto gritar comigo", disse Sertão, que foi carregado pelo amigo e ídolo após o anúncio oficial.
Foi a 23.ª vitória de Sertão, que permanece invicto na carreira profissional, que começou em 2000. Ele soma 15 nocautes. Este é o sexto cinturão mundial para o Brasil. Os demais foram obtidos por Éder Jofre (galos e penas), Acelino Popó Freitas (superpenas e leves) e Miguel de Oliveira (médios-ligeiros).
Tática vencedora
Como anunciara na véspera, Sertão usou o primeiro round para estudar o adversário. Já no segundo colocou todos os golpes no oponente, que, mesmo sentindo o castigo, conseguiu superar o momento ruim e seguir no combate.
Durante todo o duelo o domínio foi de Sertão, que não teve problemas para abrir grande vantagem nas papeletas dos jurados. Nem mesmo o ponto perdido no décimo round fez diferença na contagem final.
Sertão é empresariado por Servílio de Oliveira, medalhista de bronze na Olimpíada do México, em 1968. Na década de 70, Servílio chegou ao terceiro lugar no ranking mundial e teve a carreira interrompida por causa de um deslocamento da retina direita.
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