Adversários
Roger ataca postura do Bahia
Enquanto os atleticanos preferiram o silêncio, o meia Roger, do Cruzeiro outro adversário do Ceará na luta contra o rebaixamento , deixou clara a insatisfação com a nota divulgada sábado no site do Bahia, desejando que os cearenses continuassem na Série A para fortalecer o futebol nordestino. O Tricolor baiano é justamente o adversário do concorrente de atleticanos e cruzeirenses na última rodada do Brasileiro.
"É lamentável, em um campeonato de pontos corridos onde a grande maioria das situações é resolvida no último jogo. Cabe à CBF analisar o fato. Temos de fazer o nosso papel, até porque a gente não depende de ninguém. Se conseguirmos a vitória, cada um abre a perna da maneira que gosta", alfinetou Roger, que será o substituto do suspenso Montillo no clássico de domingo com o Atlético-MG, em Sete Lagoas.
Se vencer, o Cruzeiro garante a permanência na Série A. Em caso de empate ou derrota, depende de o Ceará não ganhar fora de casa do Bahia. Já o Atlético, além de ganhar do Coritiba, também precisa torcer para o Ceará não vencer, além de contar com derrota do Cruzeiro.
A semana que antecede o Atletiba de número 348, domingo (4), na Arena, será pautada pela lei do politicamente correto. E pelo silêncio. Coritiba e Atlético permanecerão calados e só falarão com hora e lugar marcado sobre o jogo que pode marcar um grande triunfo do lado alviverde (vaga na Libertadores) ou uma catástrofe no rubro-negro (rebaixamento à Série B). Tudo para evitar declarações que sirvam de motivação ao adversário.
O Coxa já dava indícios da blindagem já após a vitória sobre o Avaí, no último domingo, quando os jogadores falavam em "medir palavras". O Furacão decidiu, em reunião ontem pela manhã, que apenas o técnico Antônio Lopes falará em nome da equipe que tem no clássico a última esperança de fugir da degola.
"Foi a diretoria que falou [sobre o silêncio], acho que está certo. Quanto menos falarem os jogadores, melhor é", falou o treinador, rechaçando a hipótese de a estratégia ter sido para não ficar atrás da medida tomada pelo rival. "Foi uma decisão conjunta [da comissão técnica e a direção do clube]. É um jogo decisivo e precisamos dos atletas 100% focados", emendou o presidente Marcos Malucelli.
No Couto Pereira, os jogadores e o técnico Marcelo Oliveira falarão à imprensa hoje. E só. O habitual é as entrevistas ocorrerem pelo menos duas vezes na semana.
A mordaça chegou à cúpula diretiva alviverde. "É uma semana de silêncio absoluto", resumiu Ernesto Pedroso, um dos integrantes do grupo administrativo (G9) coxa-branca.
O superintendente de futebol, Felipe Ximenes, porém, adota outra linha. "Não tem nenhuma estratégia diferente de outras semanas de Atletiba. Temos de respeitar o adversário", disse.
Para o presidente eleito do clube, Vilson Ribeiro de Andrade, o silêncio é para apaziguar os ânimos. "A preocupação é evitar a violência. A decisão é em respeito ao próprio jogo. É um clássico que pode decidir um rebaixamento", ponderou.
Nem mesmo nas redes sociais os jogadores têm se manifestado, embora não haja de acordo com as assessorias de comunicação dos dois clubes nenhuma restrição ao uso da internet. Uma exceção foi o volante coxa Leandro Donizete. Em seu facebook, ele declarou ontem: "Vou dar minha vida por essa vaga na Libertadores".
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