"Tranquilo". Essa foi a palavra mais usada por Manoel na primeira entrevista do ano. Único remanescente da defesa titular do Atlético de 2010, ele ameaçou não se reapresentar no início da temporada. Mas, depois de acertar a permanência, ainda não conseguiu se firmar.
A aparente calma contrasta com o momento vivido pelo zagueiro, que daqui a nove dias completa 21 anos. Manoel errou e foi vaiado, virando o símbolo de uma defesa que sofreu gols em todas as partidas do Estadual. Ele admite a má fase, mas fala em recuperar o moral perdido com a torcida. "Todo mundo erra. Andei falhando, mas o importante é saber que preciso melhorar para não errar de novo", afirmou. Ele disse também que não há relação entre sua briga por uma transferência ou por um aumento salarial com as fracas atuações recentes.
Sem Rhodolfo, Chico e Neto, todos negociados, a defesa do Furacão não tem conseguido o mesmo desempenho que levou o time ao quinto lugar do Brasileiro-10. Algo ainda sem resposta para Manoel. "Acontece. Vacilamos e acabaram saindo os gols", disse, procurando uma boa coincidência no meio de tanta dúvida. "No ano passado também estávamos deste jeito no Paranaense, mas no Brasileiro fomos muito bem".
Junto com Paulo Baier, Manoel é o único jogador que estava no último Atletiba, vencido pelo Coxa por 2 a 0. Em semana de clássico, porém, o defensor prefere lembrar do penúltimo encontro com o rival, também em 2010, quando marcou o gol do empate por 1 a 1, o último tento do Furacão sobre o Coxa. "O Netinho bateu [uma falta] no primeiro pau, eu antecipei e fiz de cabeça", recordou, esperando ver a história se repetir no domingo, no Couto Pereira.
Reforço
O meia Héverton informou ontem através de seu Twitter que está se transferindo da Portuguesa para o Atlético. O jogador foi liberado para negociar com outros clubes após torcedores invadirem o vestiário para agredi-lo no domingo, quando a Lusa foi derrotada pelo São Paulo. O atleta, com passagens por Ponte Preta, Corinthians e Vitória, será emprestado ao Furacão até o fim do ano.