O atacante Bill, do Coritiba, tenta ganhar do marcador na velocidade: em Paranavaí, quem brilhou foi o zagueiro Émerson, autor de dois gols| Foto: Fabiano Vaz Fracarolli/ Diário do Noroeste

Paranavaí 0x3 Coritiba

O jogo: O Paranavaí marcava em seu campo de defesa e tentava atacar em contragolpes rápidos. O Coxa mostrava dificuldade para furar o bloqueio dos donos da casa no primeiro tempo. Na etapa final, o zagueiro Émerson abriu o placar aproveitando escanteio de Rafinha. Aí, o ACP se abriu. E tomou mais dois: Davi, em jogada de velocidade; e Émerson, de novo.

Paranavaí: Pedro Castro; Éverton, Alison, Jaime; Jean, Roberto, Rafinha (Edinaldo), Ferraz (Tatico) e Édson; Rafael Santos (Gilmar) e Pequi. Técnico: Rogério Perrô.

Coritiba: Édson Bastos; Jonas, Pereira (Jéci), Émerson e Eltinho; Willian, Léo Gago, Rafinha (Tcheco), Davi (Éverton Ribeiro) e Marcos Aurélio; Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.

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O Coritiba não deu chance ao azar. Em um confronto no qual o Paranavaí abusou da marcação, o time de Marcelo Oliveira utilizou sua superioridade técnica para vencer pela oitava vez consecutiva no Paranaense. Com dois gols do zagueiro Émerson (7 e 21/2.º) e outro de Davi (13/2.º), em jogada de contragolpe, o Alviverde manteve a invencibilidade de 14 jogos na temporada.

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O placar de 3 a 0 no Estádio Wal­­demiro Wagner, no Noroeste do estado, manteve o clube na ponta da tabela com seis pontos, na luta para também vencer o re­­turno e conquistar o título por an­­tecipação. Dividindo a liderança do Estadual está o Paraná, rival do próximo domingo, às 18h30, no Couto Pereira. O Tricolor foi um dos poucos times que tirou pontos do Coxa na temporada. O Atlético, que pode igualar a pontuação, joga hoje.

Além do time da Vila Capa­­ne­­­­ma, somente o Arapongas pode dizer que não perdeu dos alviverdes neste ano. No jogo do primeiro turno, em território paranista, quando o rival estava em má fase, deu empate por 1 a 1. Agora, apesar de o ad­­ver­­sário estar embalado por quatro triunfos consecutivos, a ordem é de dedicação total para continuar no caminho certo e tornar-se campeão sem necessidade de uma final.

"Fico feliz [pelos gols], venho fazendo um bom trabalho, tanto na parte ofensiva como na de­­­fensiva, e hoje [ontem] fui feliz", disse Émerson, que fez seus primeiros gols pelo Alvi­­verde e espera repetir a dose no clássico.

Na palestra antes da partida, o técnico Marcelo Oliveira pe­­diu atenção a seus comandados. Po­­­rém, mais do que com o adversário, a maior preocupação era com a produção do próprio ti­­me. A inquietação do técnico se fez valer em campo. O ACP, que adotou estratégia claramente defensiva, marcava em seu campo de defesa e atacava apenas nos contra-ataques. Sem espaço o jeito era armar o jogo com os zagueiros.

"É um jogo de ataque contra defesa", definiu o goleiro Édson Bastos, no intervalo. "Eles fe­­cha­­ram os volantes e laterais, deixaram espaço para que a zaga jogue. Está faltando o último passe", disse Pereira, que sentiu uma lesão na coxa e foi substituído por Jéci no intervalo.

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A mudança de peças coincidiu com a troca de estratégia. No segundo tempo, o volante Wil­­lian passou a atuar como terceiro zagueiro, soltando os alas El­­ti­­nho e Jonas para atacar pelos lados do campo. O resultado não demorou a aparecer. "O primeiro tempo foi complicado, voltamos meio ressabiados, mas en­­caixamos boas bolas, mudamos o sistema e acabou dando certo", finalizou Willian, que pode voltar ao banco de reservas se o titular Leandro Donizete se recuperar até domingo.