O homem acusado por Onaireves Moura de ser o Bruxo (operador do esquema de corrupção na arbitragem) garante ser vítima de uma disputa política pelo comando do apito. Durante o tempo que prestou depoimento no TJD-PR, Amoreti Carlos da Cruz garantiu várias vezes que o presidente da FPF o tem como inimigo.
"Há duas semanas, esse senhor esteve aqui no tribunal e não falou nada a meu respeito. Mas de repente... Agora eu pergunto: por quê?", indagou o ex-árbitro. "Desde que fundei o sindicato sou perseguido. Ele não queria nos ver reunidos em classe, cobrando taxas justas e direito de arena."
O desabafo seguiu. "Ele mentiu quando disse que montamos o sindicato após a demissão do Fernando Homan (ex-chefe da comissão de arbitragem). Criamos a entidade em 2002 e ele caiu em meados de 2004", lembrou. Moura disse em depoimento que a Amoreti perdeu a influência sobre os juízes com a saída do ex-dirigente e por isso teria se organizado no plano sindical mantendo assim vínculo com a categoria.
Amoreti contou então que exigiu de Homan um posicionamento oficial. "Cobrei uma manifestação pública dele, que vem se negando a dar entrevistas. Recebi a garantia que, se o TJD lhe convocar, irá contar tudo", disse.
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