Após ser flagrado em dois exames anti-dopping antes da vitória sobre o americano Nick Diaz, no dia 31 de janeiro, o lutador Anderson Silva veio a público na última semana afirmando ser inocente e negando o uso de substâncias proibidas. Mas, segundo publicou o Blog Na Grade do MMA, do portal UOL, neste sábado (4), a defesa do lutador considera a hipótese de reconhecer o uso de anabolizante drostanolona durante a recuperação da fratura que sofreu contra Chris Weidman, em 2013, para acelerar sua reabilitação, a fim de tentar escapar de uma possível pena de suspensão de um ano.
A Comissão Atlética de Nevada ainda não marcou a data da audiência disciplinar que vai julgar o caso, que está prevista para acontecer em março. Na sessão, a defesa do lutador deve sustentar a tese de que Spider utilizou o anabolizante apenas durante o período de recuperação pós-cirúrgica, temendo ficar com sequelas da grave fratura que teve na tíbia.
Além da drostanolona, Silva foi flagrado também por uso de ansiolíticos (benzodiazepina diazepam), que renderia apenas multa, caso seja realmente comprovado o uso. Para este caso, a defesa planeja justificar com um caso de fortes dores nas costas sofridas pelo lutador, que o levou ao hospital no final do ano passado. Foram detectadas na urina de Anderson as substâncias temazepan e oxazepan, que são benzodiazepinas similares ao Valium (nome comercial da substância), remédio receitado ao lutador para combater as dores no local.
A argumentação não deve livrar Silva de uma suspensão. Entretanto, cogita a defesa, pode amenizar a pena.
A reportagem entrou em contato com o advogado Claudio Dalledone, um dos integrantes da defesa de Silva, que preferiu não se pronunciar. No entanto, Dalledone disse que semana que estará no Brasil e deve se pronunciar novamente sobre a acusação de doping.