O destino do atacante Marcos Aurélio será definido nesta sexta-feira (19), no Tribunal Regional do Trabalho de Curitiba. Será realizada uma audiência de conciliação entre o atacante e o Atlético, a partir das 9h30, na 11ª Vara do Trabalho. Caso não haja o acerto entre as partes, o que é muito provável, logo na seqüência a juíza fará a instrução e julgamento do processo e vai definir se o atacante continua no Atlético ou vai para o Santos.
"Deve ser definido nesta sexta, só se por alguma situação a juíza suspender a audiência", afirmou o advogado do jogador, Fernando Barrionuevo. De acordo com a defesa do atacante, ficou combinado que se o Atlético quisesse renovar o contrato com o jogador deveria fechar todas as condições contratuais estabelecidas pela Lei Pelé e ainda assim com o consentimento do jogador para a renovação.
"A redação do contrato feito pelo Atlético ficou errônea e dá a interpretação que Marcos Aurélio teria que assinar contrato de qualquer forma, mesmo sem ele querer. O Atlético tentou o acordo com o jogador, como não houve acerto foi procurar a justiça", explicou Barrionuevo.
Segundo o advogado, quando acabou o contrato de empréstimo com o Atlético, Marcos Aurélio voltou para o Bragantino e pagou uma cláusula para quebrar o vínculo com o time paulista. Com o pagamento da multa de R$ 650 mil para Bragantino o jogador acertou com o Santos.
"Ele é funcionário do Santos, a Federação Paulista recebeu e acatou a transferência. No entanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não deixa o atleta jogar pelo Santos por causa dessa pendência na justiça", concluiu o advogado.
O outro lado
De acordo com o diretor jurídico do Atlético, o advogado Marcos Malucelli, a expectativa do Furacão é que o atleta cumpra o que foi combinado. "Quando foi assinado o contrato de empréstimo com o Bragantino (de abril a dezembro de 2006), ficou garantido que caso o Atlético quisesse adquirir 50% dos direitos federativos do atleta, até o dia 31 de dezembro deveria comunicar o Bragantino e pagar a multa de R$ 450 mil. Com isso, o jogador teria que assinar contrato por mais 3 anos com o Atlético", explicou Malucelli.
"Isso ficou assinado pelo jogador, pelo representante do jogador e pelo Bragantino. Tenho como provar isso, está no contrato para quem quiser ver", completou. Segundo o advogado, quando o Atlético resolveu exercer o direito de compra dos direitos federativos ficou decidido que o Rubro-Negro teria que pagar R$ 450 mil ao Bragantino, em quatro parcelas.
"No dia 15 de dezembro depositamos a primeira parcela, no valor de R$ 112,5 mil. Agora no dia 13 de janeiro pagamos a segunda parcela, também de R$ 112,5 mil. O restante do pagamento será feito em 30 e 60 dias. Como nós cumprimos a nossa parte do contrato, mas o jogador não se apresentou ao Atlético, o juiz nos deu a garantia que o atleta ficaria no clube", afirmou Malucelli.
Caso o jogador vá para outro clube o Atlético receberá uma multa rescisória de R$ 6,5 milhões. Como o Furacão fez os depósitos em juízo, caso Marcos Aurélio consiga a vitória nos tribunais nesta sexta, o dinheiro será devolvido para o Atlético. Porém, se o Rubro-Negro for o vencedor o juiz também estipulou uma multa diária de R$ 5 mil ao atleta pelos dias em que deveria ter se apresentado no CT da Caju e não apareceu.
"Se ele não quiser ficar no Atlético, como já ficou claro, pois já assinou contrato com o Santos, que cumpra o que foi combinado e pague a multa. Não podemos ficar com um jogador insatisfeito no clube. O Marcos Aurélio precisa fazer a parte dele", definiu o diretor jurídico.
Reforços
Após a primeira derrota no Estadual, a diretoria atleticana resolveu apresentar oficialmente os reforços Nei, lateral-direito, e Ramon, meio-campo. Os jogadores estavam desde o início do mês treinando no CT do Caju, mas somente agora posaram com as camisas do Furacão.
EUA podem usar Moraes no banco dos réus como símbolo global contra censura
Ucrânia, Congo e Líbano: Brasil tem tropas treinadas para missões de paz, mas falta decisão política
Trump repete a propaganda de Putin sobre a Ucrânia
Quem é Alexandr Wang, filho de imigrantes chineses que quer ajudar os EUA a vencer a guerra da IA
Deixe sua opinião