Leandro Niehues mostra confiança no grupo do Atlético. Marcelo Oliveira conta com a base do time campeão da Série B de 2010| Foto: Walter Alves e Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Técnico

Acerto com Caio Jr. complica

A vinda do técnico Caio Júnior para a Baixada pode emperrar. Como apurou a reportagem, o treinador provavelmente só seria liberado de seu compromisso com o Al-Gharafa, seu atual clube, após o dia 15 de abril, quando acaba a Liga do Catar. De acordo com o presidente Marcos Malucelli, o Furacão não tem condições de esperar por tanto tempo.

"Abril é muito tempo. Mas se ele viesse em qualquer dia do mês de março, tudo bem", disse o dirigente, ratificando que o interino Leandro Niehues seguirá no comando do time enquanto for necessário. "Se depender da minha vontade, não esperaria [o fim da Liga]. Mas é o departamento de futebol que decide isso e tem pessoas competentes para isso", completou Malucelli.

O prazo dado pelo Atlético para uma resposta do treinador é até sábado, quando Caio Júnior terá uma conversa com o dono do clube árabe, com quem tem contrato até a metade do ano. Caso saia antes do término do vínculo, não será a primeira vez que isso vai ocorrer na carreira do técnico, que há um ano e meio deixou o Japão para ir ao Catar após pagar a multa rescisória.

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Colocados frente à frente antes do início da temporada, Atlético e Coritiba ti­­nham, no papel, elencos dos quais se esperava muito equilíbrio na busca pelo título estadual. A dois dias do primeiro clássico Atletiba do ano, po­­rém, a ampla vantagem do Alviverde na classificação acentua o que, na prática, é o diferencial entre os rivais até aqui no torneio: sequência.

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Enquanto o time de Mar­­ce­­lo Oliveira, ainda invicto, já tem uma base formada desde 2010, o Rubro-Ne­­gro vive processo contínuo de ajustes. A queda do téc­­nico Sérgio Soa­­res, há 15 dias, simboliza o mar de mudanças que seguem a acontecer na Baixada. "Pode-se dizer que o Coritiba está em um momento melhor, senão não estaria cinco pontos na frente", admitiu Marcos Malucelli, presidente atleticano, em entrevista à Rádio Banda B. "É um detalhe im­­por­­tante internamente. Mas não diria que isso nos deixa como favoritos", retrucou o técnico Marcelo Oliveira, cuja equipe precisa de apenas um empate para garantir assento na final do regional.

O número de atletas utilizado pelos dois times até aqui ajuda a demonstrar como o time do Alto da Glória teve menos dificuldade para se firmar. Enquanto o Alvi­­verde utilizou apenas 15 jogadores entre os titulares (ao todo 22 nomes entraram em campo), 23 atletas diferentes já começaram pelo menos uma partida pelo Atlético – outros quatro também vestiram a camisa rubro-negra como substitutos.

Com o time mais encaixado devido ao grande número de remanescentes da campanha do título da Série B no ano passado, Oliveira até escalou seis formações diferentes, mas o fez com no máximo uma alteração de uma rodada para a outra. Sete peças sempre se mantiveram en­­tre os titulares, casos de Édson Bas­­tos, Pe­­reira, Emer­­son, Jonas, Elti­­nho, Léo Gago e Mar­­cos Aurélio.

Por outro lado, o interino atleticano Leandro Niehues, do penúltimo pa­­ra o último jogo, por exemplo, fez sete alterações na formação. Neste caso é necessário ressaltar que apenas dois jogadores entraram por opção do treinador – havia atletas retornando de suspensão e outros ma­­chu­­cados. Contudo, ninguém no Furacão atuou em todas as rodadas do campeonato.

"Trabalha-se em cima do que acontece. O time evoluiu, há tranquilidade. O time não evoluiu, tem de testar novas opções", apontou Niehues. "Te­­­­mos um time, ou melhor, um grupo preparado para ser campeão e lutando muito por esse objetivo", acrescentou Oliveira.

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