Vídeo| Foto: Reprodução RPC TV

Tricolores

Laterais – A disputa está quente nas laterais do Paraná. Araújo e Paulo Rodrigues, titulares das últimas partidas, aparentemente não têm agradado ao técnico Lori Sandri. Ele está fazendo alguns testes no setor durante esta semana.

Surpresa – Na tarde de ontem, para a surpresa de muitos, Lori improvisou o meia Vandinho na ala-direita do time titular que realizou um treino coletivo. Na esquerda, promoveu a entrada do recém-chegado Adriano Bahia, de 18 anos. Outra novidade apareceu na frente. Em vez de Lima ou Vinícius Pacheco, parceiros mais recorrentes de Josiel no ataque, quem fez dupla com o artilheiro do campeonato foi Jeffe.

Esquema – No lugar dos suspensos Flávio, Nem, Neguete e Muçamba, entraram Gabriel, João Paulo, Luís Henrique e Adriano, respectivamente. Lori manteve o esquema com três zagueiros e testou o Paraná no 3–5–2.

Time – Assim, o time titular testado por Lori para a partida de domingo, contra o Fluminense, foi formado por Gabriel; João Paulo, Luis Henrique e Daniel Marques; Vandinho, Adriano, Beto, Batista e Adriano Bahia; Jeffe e Josiel.

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Favorito a ganhar o prêmio de craque do Brasileiro-07, o meia Thiago Neves, atualmente no Fluminense, tem contrato com o Paraná até 2009 e direitos federativos avaliados em US$ 10 milhões. Prenúncio de lucro para o Tricolor, não fosse por um porém: o time paranaense não tem mais participação no "passe" do jogador. No máximo, ganhará 5% no caso de uma negociação com o exterior, por ter formado o atleta.

Um exemplo perfeito de como o clube perde dinheiro em negociações desde que optou por se associar a empresários e fundos a gerir o próprio futebol. Enquanto todos ganham, o cofre paranista continua vazio. A triste conclusão de toda essa história se encontra na classificação do Nacional.

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O Paraná mantém vínculo com Thiago apenas para que um grupo de empresários possa negociá-lo. No caso, a empresa Systema, de propriedade do agente Fifa Léo Rabello e um grupo de investidores japoneses, e a LA Sports, antiga parceira do Tricolor.

"O Thiago Neves eu vendi em 2005 para o Japão. Se você quiser saber dele tem de ligar para o Léo Rabello", afirma o presidente José Carlos de Miranda.

Hoje, Thiago Neves é 68% da Systema e 32% da LA Sports. Mas a história sobre como o Tricolor foi perdendo, pouco a pouco, o direito sobre um dos últimos craques revelados na Vila Capanema começa em 2002. Foi naquele ano que o empresário Luiz Alberto Filho, da L.A. Sports, adquiriu 50% do passe do então júnior.

A negociação foi a mesma que ficou conhecida no caso de Vandinho e outros jogadores da base paranista. Em troca de alimentação, a empresa podia escolher quatro garotos por ano para se tornar sócia do clube.

Em 2005, depois de uma excelente participação na Copa São Paulo, Thiago foi promovido ao profissional, mas, rebelde, acabou na reserva. Foi quando o Tricolor e a L.A. venderam 60% dos direitos do atleta para a Systema. O valor do negócio, confirmado por Miranda, gira em torno de US$ 400 mil, e apenas metade ficou com o clube.

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O mais curioso, contudo, é que, como confirmou Rabello, Thiago foi repassado apenas por empréstimo ao Vegalta Sendai, por um valor não revelado. No caso, a Systema serviu como uma atravessadora e ainda ficou com parte do passe do atleta.

Os 20% que restaram ao Tricolor também não renderam nada ao clube: foram repassados à L.A. e a Systema para pagar uma dívida relativa ao jogador Leonardo. Isso ocorreu no meio do ano, quando o Thiago já havia virado o titular do Flu.

"Quando vendemos, todo mundo achou que era bom negócio. O jogador não tinha clima, faltava treinos", justifica o presidente tricolor, que lembra o caso do jogador Dennys, apontado como craque, mas que saiu do Paraná e desapareceu. "Futebol é assim, momento. Até a entrada do Renato (Gaúcho, técnico do Flu) o Thiago era um mico, agora é um ídolo"

"Isso são coisas do futebol. Ninguém lembra do excelente negócio que o Paraná fez ao vender o Borges, por exemplo", complementa Rabello.