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Berlim – "Não é o que queríamos. É a ‘pequena final’, o prêmio de consolação." A decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo 2006 é encarada da maneira como descreveu o técnico alemão Jürgen Klinsmann. O time da casa enfrenta Portugal, do brasileiro Luiz Felipe Scolari, às 16 horas (Brasília), tentando encontrar forças para superar a frustração da derrota na semifinal.

"Queremos vencer os portugueses e o sentimento deve ser o mesmo do outro lado. Teremos muitas emoções", prometeu o treinador anfitrião. Klinsmann ainda citou a situação idêntica vivida na Copa das Confederações do ano passado, quando o adversário era o México. "Seria lindo uma partida como aquela. Vencemos por 4 a 3", falou, para valorizar o jogo que será disputado em Stuttgart.

Pelo lado das estatísticas, a partida tem valor especial para os germânicos. Quando entrarem em campo, eles estarão igualando o número de jogos do Brasil em Copas, até então o recorde: 92. Em relação a resultados, será a quarta vez que a Alemanha disputa o lugar menos honroso do pódio, tendo vencido duas (1934 e 1970) e perdido uma (1958). Já Portugal, vencendo iguala sua melhor colocação em mundiais, obtida na Inglaterra, em 1966.

Apesar de liderar o confronto direto entre as seleções, com seis vitórias, três empates e cinco derrotas, a Alemanha sofre com os lusitanos em momentos importantes. Os rubro-verdes bateram os rivais de hoje na Eurocopa de 2000, por 3 a 0, e na Eliminatória de 1985, por 1 a 0. Na outra vez em que duelaram por uma competição de alto nível, houve empate: 0 a 0 na Euro-84.

Para o confronto, Klinsmann perdeu o meio-campista Ballack, o zagueiro Mertesacker e o lateral-direito Friedrich, todos contundidos. A novidade é a confirmação da estréia do controvertido goleiro Kahn. "Ele merece jogar. Devemos muito a ele", explicou o técnico, substituindo Lehmann para homenagear o camisa 1 vice-campeão da Copa de 2002. Klinsi, como é apelidado no país, revelou também que o time fará tudo para que o atacante Klose seja o artilheiro. Atualmente ele tem cinco gols, dois a mais que o argentino Crespo e o brasileiro Ronaldo, seus rivais mais próximos e já assistindo o torneio pela televisão.

O brasileiro naturalizado português Deco admitiu a necessidade de buscar motivação para a partida. "É tão difícil para nós como para a Alemanha. Mas temos de vencer pelos torcedores, que sofreram conosco na derrota para a França, e pelo nosso próprio orgulho", comentou o camisa 20 lusitano.

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