Hameln – A França aposta na volta do meia Zinedine Zidane para tentar derrotar a Espanha, hoje, às 16 horas (de Brasília), no Fifa World Cup Stadium, em Hannover, e se classificar para as quartas-de-final da Copa do Mundo. O capitão do time, às vésperas da aposentadoria, é a maior esperança não apenas para a vitória, mas para a recuperação do prestígio do futebol francês, ainda abalado com a eliminação na primeira fase do Mundial de 2002. Suspenso, Zidane não enfrentou Togo, na vitória por 2 a 0 que garantiu os Bleus na seqüência da Copa e animou o técnico Raymond Domenech. "Será um jogo difícil, mas estamos confiantes e melhorando a cada partida", comentou o treinador.

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A ascensão, porém, terá de ser confirmada em campo. É consenso entre os analistas franceses de que o time não fez mais do que a obrigação ao passar para as oitavas-de-final, a partir de um grupo considerado fraco, com Suíça, Coréia do Sul e Togo. Contudo, se ganhar novamente e se garantir entre os oito melhores do Mundial terá recuperado o respeito. "Estamos preparados, pois nossos dois últimos jogos já foram eliminatórios", defendeu Domenech. "Para nós, a pressão de uma decisão continua a mesma."

Uma das armas da França é o excesso de confiança do adversário, já que o treinador Luís Aragonés disse estar certo de que os espanhóis vão se classificar. "Eles podem estar confiantes, mas o mais difícil está por vir para eles", ameaçou o lateral Abidal, que também retorna de suspensão. Outro fator que anima os Bleus é a eficiência do sistema defensivo: em três jogos, o time sofreu apenas um gol. "Temos de manter nossa solidez, porque daqui para frente um chute pode decidir a sorte do jogo", alertou Domenech.

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Outra motivação é um possível confronto com o Brasil na próxima fase. "Claro que precisamos passar pela Espanha, e o Brasil tem de vencer Gana", ponderou Abidal. "Mas não temos medo de enfrentá-los, pois a França já os derrotou um dia."

Precavido, Domenech só divulgará a escalação da equipe antes do jogo. A tendência é que utilize uma formação mais cautelosa do que a que derrotou Togo, com cinco homens no meio-campo e apenas Thierry Henry no ataque – nesse caso, Wiltord e Ribéry disputam a posição. Se resolver mandar a campo uma formação mais ofensiva, Trezeguet segue como titular do ataque.