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O susto de receber uma pancada na lateral do carro a mais de 150 km/h era o que menos incomodava o paranaense David Muffato após a corrida de ontem, em Curitiba. Sentado no fundo dos boxes da Amir Nasr, com o braço esquerdo em uma tipóia e sentindo fortes dores nas costas, o campeão de 2003 criticou a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) pelo excesso de carros na pista. O grid em Pinhais contava com 42 pilotos.

"Foram dois festivais de batidas. Um aqui, outro em São Paulo. É preciso sentar com os pilotos e ter uma conversa séria", afirmou.

Muffato foi vítima dos dois "festivais de batida" da temporada. Em São Paulo, era o sétimo quando Allam Khodair rodou e bateu no seu carro. Ontem, foi atingido pelo paranaense Júlio Campos quando era o décimo logo após o S, na 24.ª volta.

O piloto da RS pediu desculpas ainda na caixa de brita e explicou, depois da prova, que rodou por causa de problemas no câmbio. Muffato aceitou as desculpas, mas não escondeu o aborrecimento. "O piloto vem pedir desculpas e você aceita. Mas é preciso usar cabeça, não pensar só em acelerar. Sobra carro e falta piloto no grid da Stock", criticou o cascavelense, que ficou alguns minutos no carro recebendo atendimento médico.

O acidente entre Muffato e Campos foi a síntese de um domingo ruim para os paranaenses na V8. Wágner Ebrahim, Diogo Pachenki e Rodrigo Sperafico rodaram e não completaram a prova. Thiago Marques abandonou com problemas mecânicos. Apenas Alceu Feldmann completou a prova, em sétimo. (LMJ)

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