Mudanças
Voto direto
É a principal alteração no estatuto. O associado será diretamente responsável pela escolha dos integrantes dos Conselhos Deliberativo e Administrativo do clube.
Ampliação do Conselhão
O Conselho Deliberativo coritibano passa de 100 para 160 membros, aumentando a representatividade do quadro social. Para ser votado, porém, o sócio precisará de pelo menos quatro anos de vínculo. A exigência para ter direito a voto é de dois anos e um dia de ligação com o clube.
Proporção
O estatuto antigo previa que somente a chapa vencedora do pleito poderia eleger os conselheiros. Pelo novo modelo, a distribuição será dividida proporcionalmente ao número de votos de que cada grupo receber.
Fim do G9
A partir de agora o poder do clube estará concentrado nas mãos de cinco pessoas (presidente e quatro vices), que formarão o novo Conselho Administrativo coxa-branca. Antes, nove pessoas tinham responsabilidade executiva sobre o clube.
Responsabilização
Dirigentes que comprometam as finanças ou gestão do clube terão de responder por qualquer prejuízo causado. Pode haver suspensão ou exclusão para quem não cumprir a norma.
Os 321 sócios do Coritiba que estiveram ontem no Couto Pereira nem precisaram votar. Ao som de aplausos, a maioria dos presentes aprovou por aclamação a reforma no estatuto do clube, modificado pela última vez há quatro anos.
O novo código, o primeiro que passou por uma assembleia geral desde 1929, começa a valer hoje, mas, na prática, grande parte das ações só terá efeito a partir da próxima eleição para a presidência, agendada para dezembro a necessidade de vida associativa de pelo menos dois anos para estar apto a votar, e de quatro para se candidatar são duas delas.
A maior alteração do projeto aprovado ontem tem relação com a votação do mandatário do clube. A partir de agora, a escolha do presidente do Conselho Administrativo será feita de forma direta, ao contrário da tradicional escolha indireta.
"É um estatuto extremamente democrático", resumiu o presidente do Conselho Deliberativo coxa-branca, Omar Akel, que apesar de ver apenas 9% dos 3.566 sócios que poderiam votar na assembleia, diz não acreditar que a pequena participação será um problema no futuro.
"A eleição [para presidente] é diferente, está em jogo o poder dentro do clube. E, agora, com participação proporcional ao número de votos, cada chapa vai procurar mobilizar a comunidade", continuou, citando outra novidade.
Antes da aclamação da nova regulamentação alviverde, ao todo 22 emendas sugeridas por sócios foram votadas na base do "levantar a mão". Pouco mais da metade delas, 14, foram aprovadas pela maioria e incorporadas ao estatuto, que também diminuiu o Conselho Administrativo de nove para cinco membros, aumentou o número de conselheiros para 160 (eram 100) e responsabilizará dirigentes em caso de má gestão.
"Algumas pessoas queriam reformas maiores ou retorno de certas situações. Mas construímos junto com a nação coxa-branca um estatuto moderno e que dá ao clube muitas garantias", fechou Akel.
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