Fazer três gols fora de casa não foi suficiente para garantir uma vitória do Paraná contra a Ponte Preta, ontem, em Campinas. O Tricolor, que havia feito esta quantidade de gols apenas em três partidas na Série B, contra o Goiás (em Goiânia), Duque de Caxias e ASA (na Vila Capanema), saiu do Estádio Moisés Lucarelli ainda sem vencer nenhuma equipe paulista na competição, praticamente enterrando as chances de acesso e voltando a se preocupar com o rebaixamento.
A equipe precisa ainda conquistar dois pontos para se livrar de vez do fantasma da degola. Mas a dificuldade das partidas tem preocupado os jogadores. Embora a equipe tenha feito um bom segundo tempo contra a Macaca, não tem mostrado consistência e regularidade recentemente. "Está dificil. Cada jogo é uma decisão. Temos de manter o equilíbrio para buscarmos os resultados, afastarmos de vez o risco do rebaixamento e conseguirmos uma posição melhor", afirmou o técnico Guilherme Macuglia.
Os problemas físicos têm sido outra grande preocupação. Após o jogo de ontem, Macuglia reclamou, mais uma vez, da condição atlética do elenco. "Temos de administrar os problemas com lesão e cansaço que estamos enfrentando. Se tivéssemos jogadores em condições de atuar os 90 minutos, teríamos uma situação melhor. Mas sempre temos de fazer as trocas, porque não aguentam o jogo todo", lamentou.
Ontem, mais dois jogadores saíram de campo lesionados. O atacante Giancarlo torceu o joelho direito e o lateral Gleidson reclamou de câimbras. Os dois serão avaliados durante a semana para saber se terão condições de enfrentar o São Caetano, sábado, na Vila Capanema. "As contusões fazem com que o time não tenha um conjunto", disse o atacante Ricardinho, autor de um dos gols em Campinas.
O próximo adversário é um dos que seguem na luta contra o rebaixamento. Suspensos pelo terceiro cartão amarelo, o zagueiro Cris e o volante Itaqui desfalcam a equipe. Dinélson, Zé Carlos, Rone Dias e Jefferson Maranhão estão de volta aos trabalhos físicos e podem voltar ao time.