Os participantes
Conheça os seis coxas-brancas escolhidos pela Gazeta do Povo para debater o levantamento da Paraná Pesquisas sobre o passado, o presente e o futuro do clube:
Dirceu Krüger, ex-jogador do Coritiba, 64 anos
"Desde que me conheço por gente. Sempre foi o time do pai, de familiares, irmãos do meu pai, da minha mãe e sempre sonhei em vestir essa camisa."
Jair Cirino, presidente do Coritiba, 60 anos
"Até os 11 anos, torcia para o Guarapuava. Uma vez, o time perdeu por 3 a 0 para o Iraty. Fiquei frustrado. O Coritiba, semanas depois, derrotou o Irati também por 3 a 0. Senti-me vingado."
Celso Freire, chef de cozinha, 45 anos
"Meus avós moravam na esquina com a Rua Ubaldino do Amaral e todo domingo íamos ver jogo do Coxa. Depois, era comum que três ou quatro jogadores passassem na casa da minha avó para tomar café com bolo."
Sílvio Cesar Marçal Gonzaga, integrante dos Helênicos, 41 anos
"Meu pai é atleticano. Na década de 1970, era o Coxa quem ganhava tudo. Eu tinha um vizinho coxa-branca. Ele estava sempre eufórico e contando as histórias do jogo. Aquilo era muito legal. Foi assim que, aos 4 anos, escolhi o Alviverde."
Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira, diretor do Instituto Paraná Pesquisas, 41 anos
"Minha família é atleticana, meu avô era diretor do CAP. Tenho um tio diretor do Coxa e decidiu que iria fazer alguém vestir a camisa alviverde. Fui eu o escolhido. Eu tinha uns 5 anos."
Edson Ricardo Brero, triatleta, 26 anos
"Minha família inteira é coxa-branca, desde meu avô. Tio, tia, primo, prima, irmã, todo mundo alviverde. Rodeado de verde e branco, só poderia torcer para o Coritiba."
Marcelinho Paraíba e Atletiba salvam festa sem taça no Alto da Glória
A euforia do aniversário não entrou em campo no ano do centenário. Ao menos uma taça era almejada pela torcida em 2009. A ausência de conquistas frustrou os coxas-brancas e derrubou a avaliação sobre o desempenho do time na temporada.
Definições em uma só palavra nem sempre funcionam. Ainda assim, um só adjetivo é suficiente para resumir o espírito do torcedor coxa-branca no mês em que o Coritiba completa 100 anos. É um otimista. Talvez os bons resultados do time de Ney Franco no returno do Brasileirão tenham superado a ausência de títulos no centenário em segundo plano. O fato é que a torcida alviverde aposta em um futuro "glorioso", para usar a palavra entoada nas arquibancadas do Alto do Glória. Por sinal, é no bairro que o torcedor quer ver o time jogar. Nem que para isso seja preciso abrir mão de modernizar o estádio.
Em levantamento encomendada pela Gazeta do Povo ao instituto Paraná Pesquisas sobre o perfil coxa-branca, a opinião do torcedor é que, dos 100 anos para frente, o Coxa brigará pelos principais títulos nacionais ou, ao menos, será uma força intermediária, com participações em Libertadores.
Esses e outros resultados da pesquisa (veja ao lado) foram comentados, na quinta-feira por um grupo convidado pela reportagem da Gazeta do Povo. O encontro foi no Memorial Belfort Duarte, ao lado dos troféus conquistados pelo Coxa, e teve a presença do presidente do Coritiba, Jair Cirino; do heptacampeão paranaense e atual coordenador técnico das categorias de base, Dirceu Krüger; do diretor da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo; do integrante dos Helênicos (responsáveis por pesquisar a história do clube) Sílvio Cesar Marçal Gonzaga; e de dois torcedores, o chef Celso Freire e o triatleta Edson Ricardo Brero.
O caminho para manter um time forte, indicam 40,61% das respostas, é reforçar-se com parcerias firmadas com empresários.
"O torcedor espera que as empresas ajudem o time a ganhar títulos, como foi a Parmalat no Palmeiras", exemplificou Hidalgo. Enquanto o torcedor priorizou a parceria com empresários, Cirino destacou o investimento nas categorias de base. "O Coritiba é reconhecido pelos atletas revelados no clube. Investimos também na profissionalização dos departamentos de marketing e futebol, em ter contratos longos com nosso elenco", apontou.
A aproximação com empresários de jogadores é vista com receio. "Há muitos empresários que merecem elogios, mas há os que dão desespero. Negociam o atleta com um clube e depois procuram outros", disse o dirigente.
De imediato, a torcida quer a permanência de Ney Franco (85,06%) no 101.º ano do clube. "Ele consegue o melhor de cada jogador", afirmou Celso Freire. Krüger, por sua vez, comparou o atual treinador a Ênio Andrade, campeão brasileiro em 1985. "(O Ney) Tem carisma, sabe aglutinar, manter até mesmo aquele jogador que não fica nem no banco contente e motivado."
O artilheiro Marcelinho Paraíba foi apontado por 57,66% dos entrevistados como jogador de que o Coritiba não pode abrir mão em 2010. O grupo no Memorial, porém, disparou outras prioridades. "Leandro Donizete e Édson Bastos são jogadores-chave", exemplificou o helênico.
O amor pelo Estádio Couto Pereira também foi lembrado pela torcida. A preferência da maioria (94,06% ) é manter o Alto da Glória como casa alviverde. A reforma e modernização da atual praça de esportes é o pedido de 87,55% dos entrevistados. "Cresci vindo ao Couto com meu pai. Meu pai cresceu vindo com meu avô", recordou Edson Brero.
Jair Cirino respondeu que o Coritiba estuda qual o futuro da sede coxa-branca, se haverá reformas ou um novo estádio e em qual local. "Essa nostalgia, as tantas lembranças do torcedor aqui no Couto Pereira, certamente serão levadas em consideração", disse.
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Interatividade
Envie sua mensagem de parabéns ao Coritiba pelo centenário.
Escreva para arquibancada@gazetadopovo.com.br
As cartas selecionadas serão publicadas na Gazeta Esportiva de amanhã.
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Coritiba 100 anos
Falta 1 dia - 11 de outubro
Em 1939, nasce Roderley Geraldo de Oliveira, em Olímpia (SP). O quarto-zagueiro Roderley foi bicampeão paranaense pelo Coritiba, em 1968 e 1969.
Em 1953, Coritiba e Renner empatam por 1 a 1. A partida contou com a presença do atleta gaúcho Ênio Andrade, que se tornaria campeão brasileiro dirigindo o Alviverde em 1985.
Em 1959, o Coritiba comemora cinquenta anos, e o presidente Aryon Cornelsen convida o Santos de Pelé para um jogo amistoso, que termina com a vitória do, na época, campeão paulista, por 1 a 0, gol do meia-direita Sormani.
Em 1972, nasce Cléber Eduardo Arado, em São José do Rio Preto. O atacante Cléber foi um dos maiores ídolos da torcida nos anos 1990.
O grupo Helênicos agradece imensamente ao povo paranaense, que contribuiu de forma decisiva com a pesquisa do grupo, tornando com isso possível que a história do Coritiba seja contada com maior riqueza de detalhes e precisão.
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