Setor que dificilmente é problema no Atlético, dada a tradição de formar grandes duplas, o ataque tem sido a principal preocupação do clube para a fuga do rebaixamento. Desde que perdeu Alex Mineiro, o Furacão ainda não encontrou um jogador para ser a solução no setor, quanto mais dois. Ontem, anunciou a chegada do jovem Geílson e confirmou.
Em termos de números, até que a situação não é feia. O Rubro-Negro é o oitavo melhor ataque do Campeonato Brasileiro, com 31 gols marcados. Mas dos atletas mais aproveitados no Brasileirão na função, Dinei e Marcelo não aprovaram e não contam com a simpatia do torcedor, e Pedro Oldoni ainda não engrenou.
Dessa forma, as esperanças de fugir da Segunda Divisão podem acabar depositadas nos pés da dupla "son", lembrando as parcerias da música sertaneja. "Pode ser uma combinação de sucesso. Mas primeiro temos que trabalhar e deixar que tudo aconteça naturalmente. Não podemos dizer que vamos fazer sucesso como uma dupla sertaneja, mas queremos ajudar o Atlético", declarou Geílson, de 23 anos, que não vinha sendo aproveitado no Santos.
Prova da dificuldade enfrentada para balançar as redes é que Geílson já pode aparecer em campo contra o Atlético-MG, amanhã, às 16 horas, na Arena. Ele treinou ontem com o grupo reserva no CT do Caju, teve o nome divulgado no Boletim Diário Informativo (BID) da CBF e será opção para Ney Franco. O jogador teve 50% dos direitos federativos adquiridos pelo Furacão (a outra metade é de seu empresário José Martinez) e assinou contrato até 2010.
O outro componente, Taílson, fez exames médicos no CT do Caju e teve seu contrato registrado na CBF ontem, prazo final para transações com clubes do exterior. Aos 31 anos, ele atuou no Lierse SK, da Bélgica, e quase acertou com o Sporting Braga, de Portugal. No Brasil, destacou-se jogando no Botafogo e Sport.
Mesmo contando com mais dois jogadores, o Furacão segue à procura de reforços. O clube tem até o dia 14 de setembro para inscrever atletas. Nome que pintou forte nas especulações, e desejado pela torcida atleticana, o atacante Lima acabou no São Caetano, indo jogar a Segundona.
"Eu queria voltar. Fiquei dois meses em Curitiba fazendo academia sozinho e não fui procurado. Acho que faltou empenho do Atlético em assumir a responsabilidade", disse o jogador, se referindo à questão de já ter jogado em três clubes em 2007 (Botafogo, São Paulo e Al Ittihad).
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